Vento que leva meu barco, enfunando-lhe a vela. Cabe a mim apenas manter mãos firmes no leme,
Singrando no rumo certo, retornarei até ela. Graças ao teu sopro, dispensável que eu reme.
Continues forte, assim chegarei mais rápido. Meu peito está ardente, flechado por Cupido. Quero de imediato aportar em meu destino.
Cobrir de beijos meu amor, em doce desatino!
Céu estrelado. Minha rota é iluminada pelo luar. Brisa suave em meu rosto, sigo a rasgar o mar. Já vejo as luzes da praia no horizonte distante.
Nesse aproximar, tenho o coração palpitante.
Pouco pescado. Só trago no peito muita saudade. Mas, quando em seus braços, cessará esta ansiedade.
O frio da noite me açoita, mas logo com ela estarei E, no aconchego dos seus carinhos, me aquecerei!
Ary Franco
(O Poeta Descalço)
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