SEGUIR EM FRENTE

Ana Kilesse

Como uma serpente viscosa

Percorrendo corpo por inteiro

Mesclando membros desarticulados

Numa volúpia de desejos

Tentam articular movimento

Num ritual quase que sagrado

Onde almas se entrelaçam

Dando vazão aos instintos da carne

Falando mais alto que a razão

Voltei... Aqui estou por inteira

Depois de tempos de turbulências

Retorno deixando para trás

Pedras pelas quais fiz meu caminho

De que vale viver desamores

Quando a vida aí esta a nos sorrir

Dando-nos a mão para seguir em frente