PALAVRAS
 
 
 
Ana kilesse
 
 

 

Embargadas as palavras jorram

 

toda a emoção contida,

 

difícil falar quando se tem medo de perder.

 

Perder o que ainda não foi vivido,

 

mas sentido com tanta força,

 

que chegou a sufocar, oprimir.

Quantas noites perdidas

 

pela insônia impiedosa,

 

que faz questão de aumentar a dúvida,

 

 

é

 

o medo.

 

Como revelar o que angustia

 

com serenidade.

 

Coração clama por afagos

 

contido há tempos.

As palavras saem sem nexo,

 

confusas, trôpegas,

 

só falar não é suficiente,

 

 preciso muito mais...

 

Os braços precisam de abraços,

 

a boca clama pelo beijo,

 

o escorregar dos lábios corpo a corpo.

Quanto tempo é preciso

 

para se ter coragem, força,

 

enfrentar o medo,

 

vivenciar os momentos ardentes.

 

O corpo em chamas,

 

que não mais suporta conter.

 

A sofreguidão silenciosa,

 

que mata aos poucos

 

o ser acuado como bicho

 

fora do seu habitat,

 

rumina a dor,

 

destroçando os órgãos que clamam,

 

gritam por amor,

 

ou uma simples demonstração

 

de ser correspondido.

 

Agora chegou a hora,

 

abrace-me forte não dá para fugir.

 

 

* * * *

 

 

Palabras

 

 

 

Embargadas las palabras sacan

 

 

toda la emoción contenida,

 

 

difícil hablar cuando se tiene miedo de perder...

 


Perder lo que aun no fue vivido

 


mas sentido con tanta fuerza


 

que llegó a sofocar, oprimir.


 

Cuántas noches perdidas


 

por la insomnia despiadada


 

que cuestiona y aumenta la duda o el miedo.


 

Cómo revelar lo que es la angustia


 

con serenidad.


 

El corazón clama por resentimientos


 

contenidos hace tiempo.


 

Las palabras salen sin nexo,


 

confusas, tropiezan,


 

solo hablar no es suficiente


 

es preciso mucho mas...


 

Brazos que necesitan abrazos,


 

boca que reclama el beso,


 

labios resbalando cuerpo a cuerpo.


 

Cuánto tiempo es preciso


 

para tener la fuerza, el corage


 

de enfrentar el miedo,


 

vivir los momentos ardientes.


 

El cuerpo en llamas


 

que ya no soporta contenerse.


 

El sufrimiento reservado


 

que mata de a poco


 

al ser ahogado como insecto


 

fuera de su habitat, rumiando el dolor,

destrozando los órganos que claman,


 

gritan por amor o una simple demostración


 

de que se es correspondido.


 

Ahora llegó la hora abrázame fuerte


 

no para huir.

 

 

 

traducido por Liliana Vázquez