FRAGILIDADE
Ana Kilesse
Tudo que se passa
Atordoam a mente, as emoções
Sentimentos a flor da pele
Jorram salgadas lágrimas
Sei o que acontece
Mas sem forças, paraliso o corpo
Não importa o que fui
Só o presente se faz
Confundindo épocas vividas
Amarro as sensações
Para viver sem vínculos
Atada ao tempo passado
A fragilidade se apossou de mim
E não deixa saída
Chegou a hora de prestar contas
Comigo mesma
Já não é mais possível adiar
Esconder a metamorfose
É preciso sair do casulo
Bater asas... Enfim voar mais alto
Sair de mim mesma para assistir
A transformação real
Ser por inteiro o que acredito
E saborear enfim a vitória.