DESCULPAS
Ana Kilesse
A consciência distorcida
Arruma desculpas
Para comportamentos
Que só chicoteiam o corpo.
Falsas desculpas usadas
Como esteio, vigas firmes
Na construção
De uma falsa vivência
Sem convicção.
De que servem as lembranças
Se delas nada usamos.
Digo o que não penso
Penso o que não digo.
Desculpas, mais desculpas,
Para uma fuga da realidade.
Realidade obvia
Mas que os atos teimam em não ver.
Dupla personalidade...
Ou simplesmente desamor?
Nesta contradição
O corpo paga o resgate da realidade.
Minha vida é uma contradição
Ao que penso, quero, faço...
Preciso de atitudes não de desculpas
Para viver bem.
Ser feliz sem culpa
Sem desculpas
Para mim mesma.
Não preciso de aprovação
Para o que faço é só fazer.
Houve tempo em que fui feliz
Como posso esquecer este tempo?
E que a vida floresce
A cada dia que acordo...


Tutorial creado por
Luz Cristina García Ruiz
10 de agosto del 2008.
Mexicali Baja California, México

 
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