(Eugénio de Sá)
As entranhas da terra vão mostrando
Que a calma não lhe domina a revolta
E a fornalha do ventre a lava solta
Alevantando o mar sob o seu mando
E os Tsunamis que cruzam oceanos
Quais as temíveis iras de Posidão
A terra esmagam, em aluvião
Em ferozes ataques aos humanos
Fica toda pobreza inda mais pobre
Fica a tanta miséria inda mais triste
E a sociedade injusta inda resiste
Também à canga que se mostra podre
É assim que nos chega o Novo Ano
Tratado a cru, que o tempo isso revela
Que se afoguem os alvos da querela
Que os seus feitos não causem maior dano
E que renasça a esperança entre a desgraça
Dos desvarios que sempre a acoimaram
Lhes seja agora basta a que deixaram
Na história da vileza amarga e baça
Que as criaturas se vejam mais nobres
Pra com a terra que as viu nascer
Que mostrem - entre si -
que sabem ser
Campeões da verdade, e dela adobe;
Dos alicerces de um mundo melhor
Que renuncie às provações que matam
Plo jugo dos mercados que as acoitam
Que sempre escondem o lucro pior
Que a terra possa ser lugar mais são
Sem logros, malvadez, aleivosias
Que seja prática de todos os dias
Que cada irmão saiba ser mais irmão!
Portugal
27.DEZ.2011
Fundo Musical:
Just Let Me Say I Love You - Ernesto Cortázar