Poema para
Maria
José-Augusto
de Carvalho
Os longes da
memória, o tempo e o modo
renascem,
inventados, água e lodo...
Rasgando a
treva, a chama de um farol,
por montes,
vales, plainos, surge o trilho...
O múrmuro
trinar do rouxinol
posou no
choro brando do teu filho.
E de
montante, o rio rumoreja,
espreguiçando a doce melodia.
P'los
campos, o olivedo que esbraceja
candeia que
há-de ser já anuncia...
Na calma
santa e mítica de luz,
a vida sonha
e quer-se imaginário...
O tudo e o
nada, o todo se reduz
ao berço do
infinito planetário...
(In "tempos do
verbo", Lisboa, 1990)
Arte & Formatação de
Zélia_RS
Fundo Musical:
Hatikvah Sings - Barbra Streisand