Jesus veio à Terra em um período de grande impiedade e
desespe-rança.
O domínio dos poderosos era cruel e implacável.
Segundo a narrativa evangélica, a palavra e a pessoa
de Jesus re-presentaram um lenitivo geral.
De repente havia esperança de cura e conforto.
Deus era anunciado como Pai amoroso e sábio, não como
um Se-nhor terrível e vingativo.
Era possível confiar no futuro.
Mesmo o presente já se apresentava promissor, com a
perspectiva de notáveis curas e transformações.
A canção da paz e da ventura soavam arrebatadoras
naqueles lábi-os puros.
O povo ficou ébrio de esperança.
Todos se viam logo adiante saciados, socorridos,
alimentados e fe-lizes.
Entretanto, não se davam conta da contribuição pessoal
que deve-riam dar em favor da nova ordem social.
Mas Jesus em tempo sinalizou que a bem-aventurança
tinha um preço.
Perante a incompreensão geral, disse não ter vindo
trazer à Terra a paz, mas a espada.
Que poria em dissensão o filho contra seu pai, a filha
contra sua mãe.
Que os inimigos do homem seriam os seus familiares.
Que quem não tomasse a sua cruz e O seguisse, Dele não
seria dig-no.
Não se há de imaginar o Senhor da brandura e da
bondade conver-tido em um guerreiro infeliz, um vassalo da loucura.
Essas singulares palavras sinalizaram a necessidade de
separar-se a verdade da impostura.
Elas anunciaram que, em incontáveis famílias, alguns
dos membros O amariam, enquanto outros O detestariam.
Jesus lançou ao futuro a advertência de ser necessário
preferir Deus a Mamom.
Alertou que o dever e a transparência constituem
requisitos indis-pensáveis para quem deseja a Sua paz.
Deixou claro que a condição de cristão é incompatível
com a vivên-cia corrupta e acomodada.
O Messias Divino ateou o fogo purificador da verdade,
para deses-pero de muitos.
A linguagem era forte e anunciava um testemunho
difícil.
A mensagem cristã implica a necessidade de uma
definição de ru-mos.
Pelo bem ou contra ele, não sendo possível uma postura
de hipocri-sia e conivência.
A figura de Jesus permanece sedutora e a Sua mensagem
segue atual.
Incontáveis se afirmam cristãos e anelam pela paz do
Senhor.
Entretanto, hesitam no testemunho necessário.
Malgrado suas crenças, vivem de forma impiedosa,
promíscua e desleal.
O Cristianismo representa a Boa Nova, o advento da paz
e da ven-tura como consequencia da vida reta e generosa.
Não se trata de um milagre ou de um favor.
Primeiro a criatura se define pelo bem e se esforça
para vivê-lo.
A paz e a plenitude surgem como resultado natural.
Pense nisso.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17 do livro
A mensagem do Amor Imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
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Redação do Momento Espírita
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