Chegou ao mundo nos braços de uma tecelã e de um mo-desto carpinteiro,
cercado pela moldura da natureza em festa.
A Sua vida
se desenvolveu, desde cedo, demonstrando a que viera,
quando dialogou com os doutores do templo, aos 12 anos de idade, conforme
rezam as tradições.
Conviveu
com todos os tipos de criaturas, exaltando a sim-plicidade e
a alegria de
viver, a fidelidade ao bem e a fraternida-de, a responsabilidade
nos atos e
o amor.
Falou
sobre o bem, sentindo-o.
Ensinou o
bem, vivenciando-o e a ele se entregando.
Passou
pela Terra como a brisa que sopra na primavera, deixando o aroma da Sua
passagem, numa verdadeira floração de bênçãos variadas.
Esteve no mundo como um marco de permanente esperança, insuflando
coragem nas almas aterradas de pavor ante as próprias deficiências.
Viveu no
planeta entre a luz do Céu e as almas nebulosas da Terra,
buscando
levantar o coração humano para as altitudes feli-zes, onde
vibram os
seres
angélicos dos quais Ele fazia parte.
Aquilo que
afirmou como fundamental à alegria e à paz tra-tou de expressar em sua
vida, na condição de modelo e guia de todos nós, por
isso nos
amou e por
nós deu a própria vida.
Atendeu às necessidades das
almas enfermas que o busca-ram; ofereceu a
água fresca da
sua dedicação, a fim de que quem dela bebesse não mais
tivesse sede.
Saciou a
fome de entendimento, de conhecimento e de ca-rinho, tudo
havendo
transformado no sublime pão da vida; apresentou-se
atencioso e
verdadeiro
para com seus discípulos, ajustado à posição de mestre inigualável.
Jesus
trouxe os matizes da lei que a todos alcança, sem choques essenciais com
as demais vertentes do pensamento huma-no.
Somente
Jesus Cristo conseguiu ensinar e exemplificar com seu
viver
as
lições que
nos passou.
E se ainda
hoje nos vemos envoltos nessas ondas de felici-dade, é porque o
Senhor de
Nazaré, essa Sublime Estrela, continua a nos mostrar o caminho, a verdade
e a vida.
Em Suas doces palavras encontramos alívio para nossa alma dorida,
sofrida,
desalentada...
Hoje, mesmo tendo se passado mais de dois milênios, ainda buscamos
o
Seu olhar
de ternura, como o fizeram Maria de Magda-lena, Judas, a mulher
samaritana, Pedro, e sempre encontra-mos aconchego no Seu abraço
de luz.
Afinal,
foi Ele mesmo que assegurou: "Aquele que vir a mim, nunca
lançarei fora."
Jesus é o
mesmo, ontem, hoje e por toda a eternidade.
Como irmão
maior, ele assumiu o compromisso, junto ao Pai, de conduzir
as ovelhas de
volta ao redil, e o fará.
Ainda que passem os
séculos, ainda que a esperança esteja distante, ainda que tudo parece
irremediavelmente perdido, Sua voz jamais se cala: "Vinde
a mim todos vós que estais sobrecar-regados, eu vos aliviarei."