Aquela menininha diariamente fazia o caminho para a escola sozi-nha e a pé.
Naquela manhã, apesar do mau tempo, do vento forte e das nuvens ameaçadoras,
ela seguiu em direção à escola.
Ao longo do dia, o vento foi aumentando. Formou-se uma tempes-tade com muitos
raios e trovões.
A mãe pensou que sua filha poderia sentir medo de voltar sozinha em meio ao
temporal. Afinal, ela mesma estava bastante assusta-da.
Preocupada, ela entrou em seu carro e dirigiu, em meio à tempes-tade, para
apanhar a filha na escola.
Não demorou muito, e ela avistou a sua filha andando pela estra-da.
Chamou-lhe a atenção, no entanto, o fato de que, a cada relâmpa-go, a criança
parava, olhava para cima e sorria.
Outro e outro relâmpago. E ela sempre parava, olhava para cima e sorria.
Finalmente, a menina entrou no carro. A mãe, curiosa, foi logo perguntando:
Filha, o que você estava fazendo?
E a garotinha, alegre e despreocupada, respondeu: Eu estava sor-rindo. Deus
não para de tirar fotos minhas!
======================================
A inocência da infância. A lição da simplicidade de
descobrir bele-za em todas as coisas.
De confiar em quem é o Criador de todo o imenso Universo e Pai amoroso e
bom, que está atento a tudo.
Pudéssemos nos recordar, em nossa vida, dos momentos mágicos da infância e
nossa vida seria menos complicada.
Quando os temporais das adversidades nos chegassem, lembraría-mos de que Deus
tudo sabe e vela por nós.
Quando os ventos das inquietudes nos balançassem, recordaríamos de que nada
de mal nos deverá ocorrer, que não seja do conheci-mento de Deus.
E se Ele sabe, tudo está certo. Não haveremos de sofrer além do que esteja
dentro das nossas necessidades.
Quando os relâmpagos das calúnias e das inverdades riscassem os céus dos
nossos atos, teríamos em mente que não importa o que os homens digam. Deus
sabe a verdade.
E nos preocuparíamos menos em nos defender e mais em prosse-guir agindo de
forma correta e digna.
Quando a chuva inclemente do abandono nos fustigasse a alma, terí-amos em
mente que não estamos sós.
Deus segue conosco. E estabeleceríamos a ponte da comunicação entre Ele e
nós, através da prece sincera e devotada, prosseguindo sempre.
Quando o frio da indiferença de amigos antes devotados nos enre-gelasse,
provocando-nos lágrimas de dor, nos lembraríamos de que Deus nos ama.
E tornaríamos a pedir que Ele permanecesse conosco, a fim de que a noite da
solidão não nos perturbe, nem amedronte.
Enfim, se os verdes anos da infância falassem em nossa vida, segui-ríamos
pelas veredas do mundo mais tranquilos.
Porque sempre teríamos em mente que o bem é superior ao mal, que é
transitório e fugaz.
Que Deus é todo poder, bondade e sabedoria e tudo o que Ele faz traduz essas
virtudes em grau infinito.
Finalmente, seguiríamos pela estrada confiantes de que nada esca-pa ao olhar
profundo da Divindade.
======================================
Deus existe. É infinitamente justo e bom:
essa a Sua essência.
A tudo se estende a Sua solicitude. Só o nosso bem,
portanto, pode Ele querer.
Disso se conclui que devemos confiar Nele: é o
essencial. Assim, em meio à tempestade, olhemos para o alto e utilizemos
nosso sorriso, avançando sempre, vencendo os percalços
======================================
Redação do Momento Espírita, com base no texto Inocência,
de autor desconhecido, disponível no site flori_jane.sites.uol.com.br/index.htm
e no cap. 2, item 30 de A gênese, de Allan Kardec, ed. Feb.
Fundo Musical: Once You Had Gold - Enya
|