O alimento e a bebida ingeridos por Cristo na última ceia
foram im-portantes para sustentá-Lo.
Eles não Lhe dariam pão nem água durante o Seu tormento.
Sabia o que O aguardava, por isso nutriu-Se calmamente para su-portar o
desfecho de Sua história.
Após a oração, foi sem medo ao encontro de Seus opositores. En-tregou-Se
espontaneamente.
Procurou um lugar tranquilo, sem o assédio da multidão, pois não desejava
qualquer tipo de tumulto ou violência.
Não queria que nenhum dos Seus mais próximos corresse perigo.
Preocupou-Se até mesmo com a segurança dos homens encarrega-dos de prendê-Lo,
pois censurou o ato agressivo de Pedro a um dos soldados.
O Mestre era tão dócil que por onde Ele passava florescia a paz, nunca a
violência.
Os homens podiam ser agressivos com Ele, mas Ele não era agressi-vo com
ninguém.
Um odor de tranquilidade invadia os ambientes em que transitava.
O amor que Jesus sentia pelo ser humano O protegia do calor es-caldante dos
desertos da vida.
Chegou ao impensável, ao aparentemente absurdo, de amar Seus próprios
inimigos...
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E como estamos nós? Como nos protegemos
das altas temperaturas dos desertos da existência?
A tranquilidade de Jesus vinha de Sua moral elevada, sustentada por um amor
incondicional por todos.
A calma do Mestre vinha de Sua fé, em nível tão elevado, que O fa-zia ser Um
com o Pai.
Semeando amor, colhemos felicidade nos campos de Deus.
Sem a pretensão de receber recompensas na Terra, pelos atos no-bres que
praticamos, perceberemos que a consciência em paz é fortaleza indestrutível.
Amando, passaremos pelos suplícios da existência com mais equi-líbrio.
Tal amor dá à alma em aprendizado uma certeza íntima impertur-bável, segura
de estar no caminho certo, e de não estar sozinha nestas paragens.
Amando, nunca estamos sós.
A Terra poderá nos oferecer solidão temporária, mas o mundo real, o mundo
maior, nos dará a companhia dos grandes.
Se estamos em momento grave na existência, sofrendo ataque de inimigos do
bem... lembremos de Jesus e de Seu exemplo precioso.
Quem ama e está nas sendas do bem, não tem porque pensar em vingança, em
responder violência com violência.
Quem ama tem sempre um refrigério constante no íntimo, ao en-frentar o calor
escaldante da crueldade alheia.
Quem ama e trilha os caminhos do bem, não precisa temer, assim como Jesus
não temeu, em momento algum, o que Lhe aguardava.
Sofreu, ao ver a fragilidade da alma humana tomando decisões ainda tão
tolas, mas não teve medo, jamais, pois estava sempre acompanhado de um amor
sem igual pela Humanidade inteira.
Ama e aguarda. Ama e confia. Ama e resiste.
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Redação do Momento Espírita com base no cap. 6 do livro O mestre da
sensibilidade, de Augusto Cury, ed. Academia de inteligência.
Fundo Musical: Mother
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