Prece no alvorecer

Recebida em 27/11/2006


Acordei quando a manhã se vestia de luz para receber o dia. O sol, espreguiçando-se por detrás das nuvens, derramava seus raios mor-nos pela terra.

Abrindo a janela, senti uma grande alegria e desejei orar ao Cria-dor de todas as coisas, ao Pai de todos nós. Queria dizer tantas coi-sas!

Mas como se pode, sendo tão pequeno, dizer coisas grandiosas a quem é tão onipotente?

Desejei abraçar o dia e servir, fazer algo útil, bom, especial.

Como se pode agradecer ao pai generoso por tantas dádivas senão buscando se tornar um servidor para as suas criaturas?

Entre a timidez e a emoção, com o coração a cantar em descom-passo no peito, comecei:

Meu Deus e meu Senhor. Eu gostaria tanto de poder colaborar con-tigo. Eu gostaria de ser um jardim de flores, de todas as cores, para embelezar a terra.

Mas, na pobreza que minha alma encerra, se não puder ser um jar-dim, deixa-me ser uma rosa solitária, em uma fenda da rocha, co-locando beleza no painel nobre da natureza.

Eu gostaria de ser um canteiro perfumado, aonde as abelhas vies-sem colher o néctar, para produzir o mel que alimentaria bocas in-fantis.

Eu gostaria de ser um trigal maduro, para colocar pão na mesa da humanidade. Mas, é demais para mim.

Como não poderei ser uma seara, ajuda-me a ser o grão, que cain-do no chão, se multiplique num milhão. E me transforme em pão para os meus irmãos.

Eu gostaria de ser um pomar de frutos maduros para acabar com a fome. Mas na pobreza que me consome, te venho pedir para ser uma árvore desgalhada, projetando sombra na estrada. Talvez al-guém, em passando de mansinho, por esse caminho possa me dizer “olá”. E respondendo, eu estenda a mão e me ofereça: “sou teu ir-mão, sou teu amigo.

Eu gostaria de ser como uma chuva generosa, que caísse na terra porosa e reverdecesse o chão. Mas, como não conseguirei, então, te pedirei para ser um copo de água fria que mate a sede de quem anda na desesperação.

Eu gostaria de ser um riacho que descesse a encosta da montanha cantando, por entre as pedras, ofertando linfa refrescante às árvo-res que protegem o solo.

Meu Deus! Eu gostaria de ser como a via láctea de estrelas para que as noites da Terra fossem mais belas e a dor debandasse, na busca de um novo dia.

Mas, na minha pequenez, sem conseguir, te quero pedir para ser um pirilampo na noite escura, iluminando a amargura de quem anda na solidão.

Eu gostaria de ser um poeta, um artista, um trovador. Quem sabe um cantor, um esteta, orador para falar da magia e da beleza da tua glória.

Mas, como eu quase nada sou, como me falta o verbo, a mestria, então, eu te peço, Senhor, para ser o companheiro da criatura de-serdada.

Deixa-me caminhar pela estrada e estender a mão a quem anda so-litário e triste. Deixa-me ser-lhe a mão de sustento e lhe dizer: “sou teu irmão, estou contigo. Vem comigo.

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Agradece a Deus a tua existência.

Exalta-Lhe o amor por meio dos deveres retamente cumpridos.

Louva-O, sendo-Lhe um servidor devotado e fiel.

Apresenta-O para a humanidade, tornando-te exemplo de amigo e irmão em todas as circunstâncias.

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Equipe de Redação do site www.momento.com.br com base
no cap. 12 do livro Divaldo Franco e o Jovem, compilação
de Délcio Carlos Carvalho, ed. Leal e cap. 200
do livro Vida Feliz, de Joanna de Ângelis, ed. Leal.

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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.b

Fundo Musical: Because You Loved Me
 

 
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