Acordei quando a manhã se vestia de luz para receber o
dia. O sol, espreguiçando-se por detrás das nuvens, derramava seus raios
mor-nos pela terra.
Abrindo a janela, senti uma grande alegria e desejei
orar ao Cria-dor de todas as coisas, ao Pai de todos nós. Queria dizer
tantas coi-sas!
Mas como se pode, sendo tão pequeno, dizer coisas
grandiosas a quem é tão onipotente?
Desejei abraçar o dia e servir, fazer algo útil, bom,
especial.
Como se pode agradecer ao pai generoso por tantas
dádivas senão buscando se tornar um servidor para as suas criaturas?
Entre a timidez e a emoção, com o coração a cantar em
descom-passo no peito, comecei:
Meu Deus e meu Senhor. Eu gostaria tanto de poder
colaborar con-tigo. Eu gostaria de ser um jardim de flores, de todas as
cores, para embelezar a terra.
Mas, na pobreza que minha alma encerra, se não puder
ser um jar-dim, deixa-me ser uma rosa solitária, em uma fenda da rocha,
co-locando beleza no painel nobre da natureza.
Eu gostaria de ser um canteiro perfumado, aonde as
abelhas vies-sem colher o néctar, para produzir o mel que alimentaria bocas
in-fantis.
Eu gostaria de ser um trigal maduro, para colocar pão
na mesa da humanidade. Mas, é demais para mim.
Como não poderei ser uma seara, ajuda-me a ser o grão,
que cain-do no chão, se multiplique num milhão. E me transforme em pão para
os meus irmãos.
Eu gostaria de ser um pomar de frutos maduros para
acabar com a fome. Mas na pobreza que me consome, te venho pedir para ser
uma árvore desgalhada, projetando sombra na estrada. Talvez al-guém, em
passando de mansinho, por esse caminho possa me dizer “olá”.
E respondendo, eu estenda a mão e me ofereça: “sou teu ir-mão, sou teu amigo.”
Eu gostaria de ser como uma chuva generosa, que caísse
na terra porosa e reverdecesse o chão. Mas, como não conseguirei, então, te
pedirei para ser um copo de água fria que mate a sede de quem anda na
desesperação.
Eu gostaria de ser um riacho que descesse a encosta da
montanha cantando, por entre as pedras, ofertando linfa refrescante às
árvo-res que protegem o solo.
Meu Deus! Eu gostaria de ser como a via láctea de
estrelas para que as noites da Terra fossem mais belas e a dor debandasse,
na busca de um novo dia.
Mas, na minha pequenez, sem conseguir, te quero pedir
para ser um pirilampo na noite escura, iluminando a amargura de quem anda na
solidão.
Eu gostaria de ser um poeta, um artista, um trovador.
Quem sabe um cantor, um esteta, orador para falar da magia e da beleza da
tua glória.
Mas, como eu quase nada sou, como me falta o verbo, a
mestria, então, eu te peço, Senhor, para ser o companheiro da criatura
de-serdada.
Deixa-me caminhar pela estrada e estender a mão a quem
anda so-litário e triste. Deixa-me ser-lhe a mão de sustento e lhe dizer: “sou
teu irmão, estou contigo. Vem comigo.”
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Agradece a Deus a tua existência.
Exalta-Lhe o amor por meio dos deveres retamente
cumpridos.
Louva-O, sendo-Lhe um servidor devotado e fiel.
Apresenta-O para a humanidade, tornando-te exemplo de
amigo e irmão em todas as circunstâncias.
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Equipe de Redação do site www.momento.com.br
com base
no cap. 12 do livro Divaldo Franco e o Jovem, compilação
de Délcio Carlos Carvalho, ed. Leal e cap. 200
do livro Vida Feliz, de Joanna de Ângelis, ed. Leal.
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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.b
Fundo Musical: Because You Loved Me
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