O poder do afeto

Recebida em 13/08/2007


A falta de tato para resolver conflitos e tratar de assuntos com pes-soas que têm ideias opostas, tem sido responsável por muitos desentendimentos e dissabores nos relacionamentos.

Por vezes, um problema que poderia ser facilmente resolvido, cria sérios rompimentos por causa da falta de jeito dos antagonistas.

O afeto, usado com sabedoria é uma ferramenta poderosa, mas pouco usada pela maioria dos indivíduos.

O mais comum tem sido a violência, a agressividade, a intolerân-cia.

Existem pessoas que não gostam de mostrar sua intimidade e se es-condem sob um véu de sisudez, com ares de poucos amigos, na tentativa de evitar aproximações que deixem expostas suas fragili-dades.

São como os caramujos, os tatus, as tartarugas e outros semelhan-tes.

Ao se sentirem ameaçados, escondem-se em suas carapaças natu-rais, e não deixam à mostra nenhuma de suas partes vulneráveis.

A propósito, você já tentou alguma vez retirar, à força, de seu es-conderijo, um desses animaizinhos?

Seria uma tentativa fracassada, a menos que você não se importe em dilacerar o corpo do seu oponente.

No caso da tartaruga, por exemplo, quanto mais você tentar, com violência, retirá-la do casco, mais ela irá se encolher para sobrevi-ver.

Mas, se você a colocar num lugar aconchegante, caloroso, que ins-pire confiança, ela sairá naturalmente.

Assim também acontece com os seres humanos. Se em vez da força se usar o afeto, o aconchego, a ternura, a pessoa naturalmente de desarma e se deixa envolver.

Às vezes a pessoa chega prevenida contra tudo e contra todos e se desarma ao simples contato com um sorriso franco ou um abraço afetuoso.

Mas, se ao invés disso encontra pessoas também predispostas à agressão, ao conflito, as coisas ficam ainda piores.

Como a convivência com outros indivíduos é uma realidade da qual não podemos fugir, precisamos aprender a lidar uns com os outros com sabedoria e sem desgastes.

A força nunca foi e nunca será a melhor alternativa, além de cau-sar sérios prejuízos à vida de relação.

Portanto, criar relacionamentos harmônicos é uma arte que precisa ser cultivada e levada a sério.

Mas para isso é preciso que pelo menos uma das partes o queira e o faça.

E se uma das partes quiser, por mais que a outra esteja revestida de uma proteção semelhante à de um porco-espinho, ninguém sai-rá ferido e o relacionamento terá êxito.

Basta lembrar dessa regra bem simples, mas eficaz: em vez da for-ça, o afeto. E tudo se resolve sem desgastes.

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De tudo o que fazemos na vida ficam apenas algumas lições:

A certeza de que estamos todos em processo de aprendizagem...

A convicção de que precisamos uns dos outros...

A certeza de que não podemos deter o passo...

A confiança no poder de renovação do ser humano.

Portanto, devemos aproveitar as adversidades para cultivar virtu-des.

Fazer dos tropeços um passo de dança.

Do medo um desafio.

Dos opositores, amigos.

E retirar, de todas as circunstâncias, lições para ser feliz.

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Texto da Equipe de Redação do site www.momento.com.br.
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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.b
 

 
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