Às vezes, você acorda e imediatamente os problemas lhe
tomam a mente, impedindo seus olhos de contemplar as belezas que estão ao
seu redor.
São tantos desgostos que em seu mundo não há espaço para alegri-as... É como
se a vida se resumisse em obstáculos e mais obstácu-los, desafiando sua
capacidade de superação.
Que importa se o sol está brilhando, se a sua alma está envolta em sombras?
Como admirar a beleza, se seus olhos estão nublados pelas lágri-mas contidas
no peito, denunciando preocupações com a própria existência?
Em seu mundo não há espaço para alegrias...
Aliás, em seu mundo não há alegrias...
Mas, será que suas impressões retratam mesmo a realidade?
Ou será que ao seu redor há uma outra realidade esperando um pouco da sua
atenção?
Se você parar, alguns instantes, talvez possa ouvir a resposta. Mais do que
isso: você sentirá a resposta...
Um breve olhar mais detido e perceberá que ao seu lado existem pessoas. E
que essas pessoas têm um coração que pulsa como o seu.
Pare um pouco e ouça o que elas estão a lhe dizer, mesmo que seus lábios
estejam mudos.
Observe quantos sorrisos se abrem a sua volta. Note que perto, bem perto
mesmo, tem uma criança a brincar.
Você deve estar pensando: “como encontrar tempo para essas coi-sas quando é
preciso lutar pela própria sobrevivência num mundo de competições?”
No entanto, enquanto você mergulha em seus problemas, as flores se abrem,
silenciosas...
E não é só a beleza que elas lhe oferecem. Trazem também seu perfume...
Acaso ainda não percebeu o pequeno pardal, com seu canto, meio sem graça, a
buscar alimento por entre automóveis e pedestres?
E o zumbir da abelha, buscando o néctar onde as flores escassei-am?
Talvez você não tenha notado, mas as dificuldades e a concorrên-cia não são
motivos de desânimo para a natureza, que luta com bravura, apesar das
dificuldades.
Vale a pena olhar a pequena planta que brota na fenda estreita da calçada,
em busca de um lugar ao sol, em meio aos pés apressados que passam sem
notá-la.
Vale a pena observar os pássaros cantarolando, alegres, construin-do ninhos
para agasalhar as novas gerações que Deus lhes confia.
Vale a pena notar o sol, que espia por entre as nuvens só para di-zer que
está lá, apesar dos obstáculos.
É importante perceber que, apesar da escuridão da noite, o orva-lho não deixa
de beijar a flor...
Apesar da chuva torrencial, as formigas não desanimam, e recons-troem o ninho
tantas vezes quantas eles sejam destruídos.
Assim, se a situação está difícil, tentando desanimar você com fa-tos
deprimentes, faça como o Sol.
Espie por entre os obstáculos e perceberá muitas pequenas alegrias esperando
para lhe dizer: “olá! Eu estou aqui para lhe fazer feliz.”
Desenvolva a sua capacidade de perceber as coisas boas, positivas e
otimistas. Elas são em maior número do que os motivos de desâ-nimo.
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Pense nisso!
Se é verdade que as circunstâncias têm mil maneiras de lhe fazer chorar,
também é verdade que não têm o poder de lhe tirar a ale-gria nem a vontade de
viver.
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Texto da Equipe de Redação do Momento
Espírita.
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Redação do Momento Espírita
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