Dentre as mulheres mais notáveis do século vinte,
destaca-se a extraordinária Helen Keller.
Nascida em Tuscumbia, nos Estados Unidos, em 1880, morreu em 1968, em
Connecticut.
Aos dezoito meses de idade, um mal não definido provocou-lhe ce-gueira e
surdez.
Por consequência, ficou muda.
Até os sete anos de idade era um verdadeiro animalzinho, com vida puramente
instintiva, condenada, segundo os padrões da época, à idiotia.
Coube à Anne Sullivan, admirável professora de vinte anos, conse-guir, após,
indescritíveis esforços, que a menina tivesse o primeiro contato com o mundo
exterior, aprendendo a distinguir seres e ob-jetos com o toque das mãos e a
ensaiar o raciocínio em relação às suas experiências táteis.
Já era muito para quem sofria tão graves limitações.
Mas Helen Keller foi além.
Embora a vida, no seu mundo sem som e sem imagem, fosse um grande desafio,
ela aceitou todas as dificuldades e riscou de seu vocabulário a palavra
impossível.
Primeiro aprendeu a falar, prodígio alcançado com infinita paciên-cia e
intermináveis exercícios.
Que se saiba, foi a primeira pessoa que conseguiu articular pala-vras
inteligíveis, sem ter ouvido som algum.
Inscrita em um colégio para moças, onde a receberam com muita relutância em
virtude de suas deficiências, diplomou-se com distin-ção, embora não pudesse
ouvir as aulas, nem fazer qualquer anota-ção.
Helen Keller provou que o poder da vontade representa uma força quase
ilimitada, ao aprender muito no campo da geografia, da ál-gebra, das ciências
físicas, da botânica, da zoologia e da filosofia.
Escrevia em inglês e em francês, mantendo correspondência com figuras de
grande projeção no mundo inteiro.
Proferiu centenas de conferências em vários países, inclusive no Brasil, e
escreveu livros notáveis.
O mais extraordinário foi que ela superou os sentimentos de auto-compaixão e
de crônica infelicidade que caracterizam boa parte dos espíritos quando
enfrentam suas provações.
Dedicou sua vida em favor dos cegos, dos surdos e dos mudos.
No seu livro intitulado Minha vida de mulher, ela disse: “ninguém pode saber
melhor do que eu o que são as amarguras dos defeitos físicos.”
“Não é verdade que eu nunca esteja triste, mas há muito resolvi não me
queixar.
Mesmo o ferido de morte deve esforçar-se por viver seus dias com alegria,
por amor dos outros.
Eis para que serve a religião: inspirar-nos à luta até o fim, de âni-mo forte
e sorriso nos lábios.
Uma ambição eu tenho: a de não me deixar abater.
Para tanto conto com a benção do trabalho, o conforto da amizade e a fé
inabalável nos altos desígnios de Deus.”
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Pense nisso!
Helen Keller é o símbolo marcante do que podem realizar aqueles que
compreendem que a felicidade não está subordinada à satisfa-ção de meros
desejos egoístas, mas sim, ao desejo de compreen-dermos o que a vida espera
de nós.
Condenada a viver em um mundo silencioso e de trevas, havia cla-ridades e
sons em seu íntimo que jamais perceberemos com os sen-tidos físicos.
Havia nela heroísmo suficiente para enfrentar as contrariedades e vencê-las,
persistindo sempre no bem.
Havia harmonia e comunhão com a vontade do Pai.
Pense nisso.
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Equipe de Redação do Momento Espírita, com
base nas páginas 46 e 47
do livro Temas de hoje problemas de sempre, de Richard Simonetti.
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Redação do Momento Espírita
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Fundo Musical: Epílogo - Mago de Oz
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