Palavrão: Hábito infeliz

Recebida em 21/11/2006


Você gosta de ouvir palavrões?

É bem possível que existam pessoas que apreciem ouvir palavras chulas, de baixo calão.

Todavia, aqueles que as proferem não levam em conta a grande maioria das que abominam esse hábito infeliz.

O bom senso estabelece que aquele que gosta de dizer palavrões deveria prestar atenção à sua volta para não violar a intimidade dos ouvintes, mas é mais lógico admitir que quem diz palavrões em público é desprovido de bom senso.

Os que discordam desse ponto de vista provavelmente dirão que são simples palavras, que não há mal nenhum nisso.

No entanto, as palavras são veículos que transmitem mensagens.

E, por certo, os palavrões são a mensagem da irreverência.

É a comunicação do feio, da agressividade, além de um grande desrespeito ao comportamento educado.

Infelizmente, nos dias atuais, o palavrão faz parte de grande parte dos meios de comunicação.

Está nos programas de televisão de baixo nível, nos programas radi-ofônicos, nos jornais, revistas, músicas etc.

Confundindo-se o que é comum com o que é normal, o palavrão é levado à conta da normalidade.

Todavia, o uso generalizado jamais fará com que esse hábito perni-cioso seja normal.

Podemos dizer que é comum, porque muitos fazem uso dele, mas não podemos admitir que seja normal.

Pessoas educadas e de bom senso não se permitem esse tipo de ex-pressão.

Programas sérios e bem elaborados não necessitam desse expedi-ente.

Canções bem inspiradas e de cunho elevado, dispensam as palavras chulas, que aliás, dão mostra de pouca criatividade.

O uso de palavrões geralmente é defendido sob a designação de “liberdade”... Mas liberdade de quem?

Se a linguagem do feio passar a fazer parte integrante da nossa so-ciedade a ponto de ser impossível escapar dela, então perguntare-mos: quem é livre e quem não o é?

Se aquele que gosta de falar obscenidades é livre para dizê-las, aquele que não gosta de ouvi-las deve, igualmente, ter a liberdade de não ter seus ouvidos convertidos em lixeiras.

O que mais se lamenta, nesse caso, é o fato de os próprios educa-dores, na condição de pais ou professores, fazerem uso de pala-vrões com naturalidade, como se fosse uma prática normal.

Conforme ensinou-nos Jesus, o Espírito mais sábio que a humani-dade conheceu, “a boca fala do que está cheio o coração”.

Assim sendo, antes de proferir uma palavra, prestemos atenção na mensagem que estará veiculando, pois ela dará notícias da nossa intimidade.

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As palavras são apenas o veículo das nossas ideias.

Portanto, só o fato de nos permitirmos pensamentos indignos já será um mal para nós mesmos.

Não foi outro o motivo pelo qual Jesus advertiu sobre o adultério por pensamento.

E não foi à toa que um sábio assegurou que nós somos o que pensa-mos, falando ou não.

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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.br

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