O Universo numa casca de noz

Recebi em 10/12/2009


Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito.” - assim disse Hamlet, o inesquecível personagem de Shakespeare.

Stephen Hawking, o célebre astrofísico inglês, inicia exatamente com esta ideia, sua obra intitulada “O Universo numa casca de noz”, que segue os passos de seu best-seller “Uma breve história do tempo.

No volume, o matemático explica, com uma linguagem mais acessí-vel, os princípios que controlam o Universo.

Porém, primeiramente, Hawking apresenta-se como profundo admira-dor deste misterioso cosmos, questionando se ele realmente é infini-to, ou apenas enorme.

Se ele é eterno ou apenas tem uma longa vida. E como nossas mentes finitas poderiam compreender um Universo infinito.

O autor acredita que ainda existam muitas coisas a serem descober-tas, mas apresenta-se otimista, dizendo que muito já alcançamos.

A casca de noz de Hamlet representa a pequenez de nossa compreen-são, da extensão de nossas forças.

Mas também demonstra a capacidade do ser humano de utilizar sua mente para explorar todo este Universo.

E avançar audaciosamente por ele, por onde até mesmo “Jornada nas estrelas” teme seguir.

Por enquanto, somos os encantados com tantas descobertas, encanta-dos com a grandeza de Deus e Suas leis, que fazem com que tudo es-teja onde deva estar, e no tempo certo.

Vejamos quantas maravilhas:

O planeta Júpiter, o maior dos orbes de nosso sistema, que comporta-ria em seu interior 1.000 planetas Terra, quando foi criado, poderia ter se transformado em estrela.

Caso isso tivesse ocorrido, teríamos dois Sóis, ao invés de um, e um dia permanente, sem noite alguma, o que impossibilitaria a vida nes-te mundo.

Poderíamos falar um pouco sobre as distâncias do espaço, que certa-mente nos deixariam desnorteados.

Tomemos por exemplo a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, Alfa Centauri.

Ela está a apenas 4 anos luz da Terra. Parece pouco, não? Então ima-ginemos tomar um foguete na Terra, viajando numa velocidade muito grande - 100.000 quilômetros por hora.

Se rumássemos para nossa vizinha, teríamos uma pequena jornada de cerca de 24.600 anos para alcançá-la. Não é algo surpreendente?

Deveremos nos sentir insignificantes perto de tudo isso? Perto das bi-lhões de galáxias existentes?

Certamente que não. Ao contrário, devemos nos sentir privilegiados de viver num Universo tão grandioso, e de fazer parte dele como Es-píritos em evolução constante.

A próxima conclusão sábia e racional, será a de que não podemos ter a pretensão de nos imaginarmos sozinhos neste espaço sem fim.

Seria “um imenso desperdício de espaço”, como afirma o cientista Carl Sagan.

Assim, tenhamos neste macrocosmos mais uma prova da existência de uma Inteligência Suprema, de uma causa primária de todas as coisas, que rege nossas vidas e destinos através de leis perfeitas.

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“Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses se-res para o objetivo final da Providência.

Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil.

Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.

Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do pri-vilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.”

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Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base na obra O universo em uma casca de noz,
de Stephen Hawking, ed. Mandarim e do item 55 de
O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

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