Certo dia, um escritor que costumava caminhar pela
praia em busca de inspiração observou, ao longe, algo a se movimentar.
Continuou andando na direção daquela sombra até
aproximar-se o bastante para perceber que se tratava de um homem.
Quando chegou mais perto notou que ele juntava as
estrelas do mar, que haviam ficado presas na areia quente da praia, e as
devolvia ao mar.
Só então ele se deu conta de que havia muitas estrelas
do mar espa-lhadas pela praia.
Espantado disse ao homem: Você não percebe que há
muitas estrelas do mar por aí? Seu esforço não vale a pena.
Mesmo que você trabalhe vários dias seguidos não
conseguiria salvar todas elas. Então, que diferença faz?
O homem, que ainda não havia parado para lhe dar
atenção, pegou uma estrela do mar, ergueu-a e, mostrando-a ao escritor
disse: Para esta eu fiz diferença.
E, jogando-a ao mar, continuou sua empreitada.
O escritor observou aquele homem por mais alguns
instantes e chegou à conclusão de que havia encontrado, naquele gesto
simples e desin-teressado de um anônimo, a inspiração que buscava.
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Quando nos parecer que um pequeno gesto
nobre de nossa parte não faz diferença, lembremo-nos desta singela história.
Pensemos que um único sorriso pode fazer muita
diferença para al-guém que se encontra desalentado.
Uma palavra de otimismo fará diferença para quem está
desespera-do.
Um exemplo nobre junto aos filhos, aos familiares, aos
amigos, ou àqueles que nos observam de perto, pode fazer muita diferença.
A cada instante nós perdemos excelentes oportunidades
de ser gentil, de perdoar, de agir com delicadeza, de ser honesto, sincero,
de calar uma ofensa.
E isso tudo, no cômputo geral, faz grande diferença.
Recentemente, lemos a notícia de que é preciso
resgatar os valores simples para evitar os males atuais que são a depressão,
a ansiedade, o desalento, entre outros.
Essa foi a conclusão a que chegaram os psiquiatras que
participaram de um Congresso de Psiquiatria Clínica.
A tão falada e útil globalização, a grande quantidade
de informações que chega a cada instante, a disputa pelo poder, a competição
deso-nesta, faz com que nos esqueçamos de ser gente.
Parece mesmo que estamos nos tornando máquinas
automatizadas, incapazes de olhar para quem está ao nosso lado, senão como
um ferrenho concorrente ou um adversário pertinaz.
Se todos nós repensássemos valores e nos lembrássemos
de que somos seres criados para viver em sociedade e que, acima de tudo
somos Es-píritos imortais, filhos do mesmo Pai, talvez sofrêssemos menos.
E isso faria diferença.
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Quando percebermos alguém preso nas areias
quentes da solidão...
Quando notarmos alguém se debatendo no mar revolto do
sofrimen-to...
Lembremos que todos somos estrelas do Universo,
colocadas lado a lado, pelo Criador, para crescermos juntos.
E como ensinou o Mestre de Nazaré, não sejamos
estrelas apagadas, mas façamos brilhar a nossa luz onde quer que estejamos.
Só então perceberemos o quanto isso faz diferença.
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Redação do Momento Espírita
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Site Momento de Reflexão
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