Filiação divina

Recebi em 26/12/2010


No programa televisivo, enfocava-se a questão da multiplicidade das existências.

Presentes, representantes de religiões diferentes, eram arguidos um e outro, sucedendo-se os módulos com intervalos comerciais.

O interesse do público era notório, pois as perguntas chegavam, atra-vés das linhas telefônicas, de forma ininterrupta.

E cada qual respondia de acordo com os preceitos e conceitos de sua religião.

Alguns, com a visão unicista. Outros, afirmando a existência das mui-tas vidas, ou seja, a reencarnação.

Hora e meia passada, encerrou-se o programa. Nos bastidores, as des-pedidas, os comentários.

Despedindo-se de um dos representantes, o espírita lhe ofereceu a mão e lhe desejou paz, enfatizando:

Senhor, podemos pensar diferente em muitas questões religiosas. Contudo, em uma tenho certeza que ambos concordamos: o senhor e eu, ambos somos filhos de Deus.

Filhos de Deus! Já nos demos conta de que fomos criados pelo amor Divino e que somos filhos desse Ser onipotente, soberanamente justo e bom?

Filiação Divina! Foi Jesus que nos apresentou a Divindade como Seu Pai e nosso Pai. Pai de todos nós.

Deus é Pai porque criou tudo e todos, estabelecendo que todos deve-rão “aprender a administrar tudo, ao longo das experiências evolu-tivas.

Deus é Pai porque faz questão de colocar Sua criação nas escolas dos Mundos, a fim de a retirar da ignorância e lhe abrir o entendimento a respeito de tudo que existe no Universo.

Deus é Pai porque toma as lições aos Seus filhos, verificando a cada passo se os ensinamentos da vida abundante foram assimilados.

Deus é Pai porque não pune. Antes, permite o resgate das faltas co-metidas. Pelo exercício do livre arbítrio, dá a cada um a possibilidade de ser feliz ou desventurado, aprendendo a ser senhor do seu desti-no.

Deus é Pai porque renova os ensejos das realizações, permitindo o avanço gradual e contínuo dos Seus filhos, no rumo da vivência feliz que todos anelamos.

Deus é Pai porque nos aconchega quando a frieza do Mundo nos ver-gasta a alma. Quando a lágrima e a dor nos visitam, nos conforta.

Enfim, por nos equilibrar em cada momento da existência sobre o Mundo, seja de felicidade ou de tormenta.

Deus é Pai porque nos enseja a capacitação nas aprendizagens mais específicas ou mais gerais.

Para escola, nos oferta o planeta em que nos movemos e como labo-ratório, a infinitude do Universo.

Deus é Pai porque nos criou para a perfeição, aguardando que galgue-mos os degraus do progresso, no rumo dos altos céus.

Deus é Pai porque providencia tudo, tendo Seu olhar previdente sobre nós, sempre pronto a nos atender.

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Ante nossa ímpar qualidade de filhos de Deus, não menosprezemos a nossa própria possibilidade de nos desenvolver.

Ante esta constatação de filiação Divina, reconheçamos que devemos nos portar como filhos do Grande Senhor, atentos e atenciosos.

Tenhamos em mente que todos os seres humanos somos irmãos e as-sim, sejamos fraternos e cooperadores uns com os outros.

Tudo isso, para fazer jus a essa condição que nos torna venturosos so-bre a Terra, na condição de filhos de Deus.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. A paternidade de
Deus, do Espírito José Lopes Neto, psicografia de Raul Teixeira,
ed. Fráter.

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Site Momento de Reflexão
www.reflexao.com.br


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