Filhos e nós

Recebi em 29/08/2010


Quando os pais recebem nos braços o corpo recém-nascido do filho se enchem de cuidados.

A partir de então, o lar todo se modifica. O casal deixa de pensar em si, com exclusividade, para alongar olhares ao pequeno e frágil ser que lhes veio compor a constelação familiar.

Estrela nascente no firmamento do lar que se amplia, esse ser traz em si promessas e objetivos a alcançar.

É um ser imortal. Antes de ser filho de seus pais, é filho de Deus. É alguém que já jornadeou pela Terra, mais de uma vez, em corpos di-versos.

É alguém que traz experiências, virtudes e defeitos, registrados e con-quistados ao longo dessas várias passagens pelo planeta.

Assim, enquanto os pais programam o que desejariam para o filho, ele mesmo traz um programa a seguir.

Por vezes, embora os esforços oferecidos pelos genitores, que não medem sacrifícios para pagar a melhor escola, envolvendo em afeto todas as suas ações, os filhos não alcançam o patamar projetado por eles.

Isso não deve, contudo, ser considerado como fracasso da educação, porque a felicidade se apresenta em variada gama de expressões.

Um filho anela e alcança posição social relevante, destaque finan-ceiro, projeção artística ou cultural, política ou religiosa.

Outro se contentará com as pequenas alegrias que se derivam das coi-sas simples e modestas, experimentando prazeres e auto -realizações que muitos desconhecem.

Outro ainda ambiciona o poder, sob qualquer forma em que se apre-sente, e lutará para conquistar títulos universitários, destacando-se na tecnologia, na ciência, ansiando pela aquisição da fortuna adinheira-da.

Filhos e filhos. Cada um possui a sua própria visão em torno do que se-ja auto realização.

Como haverá também aquele que se deixe arrastar pela inutilidade, pela indolência, pelo crime.

Aos pais, cientes das suas responsabilidades, cabe a tarefa de estarem receptivos aos filhos que os busquem, na situação em que se encon-trem.

A sua palavra será sempre a da renovação e do entusiasmo, contribu-indo com o que possam, para que reencontrem o rumo aqueles que se perderam, ou prossigam os bem-sucedidos.

No entanto, jamais deverão se considerar fracassados porque o filho não atingiu as metas que eles estabeleceram, no seu desvelo e devota-mento de pais.

Por maior seja o amor que devotem ao filho, não o poderão impedir de viver as próprias experiências, de atravessar os caminhos que lhe con-ferirão sabedoria e amadurecimento.

Sofrer porque o filho não alcançou situação privilegiada na Terra é agasalhar culpa.

Devem os pais considerar que ninguém é capaz de ultrapassar os pró-prios limites. E a vida é feita de inúmeros deles, que vão sendo venci-dos a pouco e pouco. Nem sempre nesta vida.

Assim, a consciência do dever retamente cumprido deve oferecer aos pais o discernimento para que compreendam os fracassos ou o sucesso do filho que lhes foi confiado pela Divindade.

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Invista o melhor em seus filhos, confiando em Deus e com essa certeza de que a nossa constelação familiar, à semelhança de um conjunto de astros na imensidão dos céus, é parte importante da galáxia espiritual, sob o comando e afagos do nosso Pai Criador.

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Redação do Momento Espírita com base no cap. 30 do livro
Constelação familiar, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Site Momento de Reflexão
www.reflexao.com.br
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