A ausência de fé e a ignorância acerca das Leis que
regem a vida têm feito com que a Humanidade se desvie do caminho reto, para
tomar atalhos que lhe custarão mais tempo nas teias do sofrimento.
Esquecendo-se de que Deus é a Inteligência Suprema do
Universo, Criador de todas as coisas, o homem, crendo-se mais inteligente e
mais sábio que a própria Divindade, toma decisões equivocadas que só o
conduzirão às valas da desdita.
Talvez porque pense que Deus está dormindo ou não tem
competên-cia para cuidar da Sua Criação, ou talvez por interesses escusos,
para satisfazer o egoísmo e o orgulho, o homem tem se arvorado a tomar
decisões que não lhe dizem respeito.
Acha-se suficientemente sábio para deliberar sobre a
eutanásia, in-terrompendo a vida antes que Deus o faça...
Crê-se inteligente o bastante para aprovar o
abortamento criminoso, antes de pensar que quem dá a vida é o Criador.
Admitindo-se mais onipotente que Deus, decreta a
esterilização em massa de homens e mulheres das camadas financeiramente
carentes.
Por tudo isso a Humanidade terá que responder, mais
cedo ou mais tarde, diante da verdadeira onipotência, que é Deus.
Diz-se que o homem moderno é sábio, mas lembremos que
a verda-deira sabedoria não está na soma de diplomas e conquistas
intelec-tuais, e sim na admissão de um Ser Soberano que faz com que caia a
chuva, nasçam as flores, girem os planetas, enfim, exista a vida.
O homem moderno pode brincar de criador mas, na
realidade, jamais criou uma única semente capaz de germinar, sem a ajuda de
Deus.
Pode acabar com o corpo, encurtando a existência
terrena de pessoas e animais, mas jamais criou um sopro de fluido vital.
Faz-se oportuno pararmos para refletir um pouco sobre
tudo isso.
O homem verdadeiramente sábio realiza cirurgia
intrauterina, corri-gindo a má formação do feto, fazendo das próprias mãos
uma exten-são das mãos de Deus, auxiliando as criaturas.
Já o pseudossábio prefere eliminar do ventre materno o
bebê com deformidades, porque pensa que Deus não sabe o que está fazendo.
A vida tem que seguir o seu curso natural, conforme
estabeleceu a Divindade.
Mulheres e homens que necessitam da esterilidade, já
nascem com ela.
Crianças que não devem nascer, são abortadas
naturalmente.
E os doentes que não necessitam mais do sofrimento,
desatam-se do corpo como uma frágil vela que se apaga.
Para tudo isso, Deus não necessita da ajuda dos
homens. Mas solicita, sim, o concurso desses na preservação da vida. Isso
sim, o homem po-de, e deve fazer.
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Allan Kardec, apresentou aos Espíritos a
seguinte pergunta:
Indo sempre a população na progressão crescente que
vemos, chega-rá tempo em que seja excessiva na Terra?
E os Espíritos responderam:
Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio.
Ele nada faz de inútil. O homem, que apenas vê um canto do quadro da
natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.
Pensemos nisso!
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Redação do Momento Espírita, com base no item 687
de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
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