Confidenciou-nos certa senhora que encontrou um método
ideal para convencer seu filho de 10 anos de idade a não deixar de
fre-quentar a escola.
Afirmou-nos ela que, toda vez que ele expressa sua
intenção de não ir à aula, ela o ameaça com uma tarefa, como por exemplo,
arrumar a própria cama, lavar a louça, varrer a calçada.
A mãe, preocupada com a assiduidade do filho à escola,
certamen-te resolveu um problema, mas não percebeu que repassou para o filho
uma ideia atávica: a de que o trabalho é uma penalidade.
Desde os tempos bíblicos, as alegorias de Adão e Eva e
o paraíso perdido afirmam que Deus concedeu ao homem o trabalho como
penalidade, por sua transgressão à ordem Divina.
Têm se tornado comuns notícias de juízes determinarem
que certos delitos sejam pagos pelos cidadãos com trabalho comunitá-rio.
Ora, o que deveria ser encarado como forma de
reabilitação, que é verdadeiramente o intuito dos nobres juízes, é entendido
pelo in-frator e por muitos outros, como castigo.
Alguns sentem prazer em assistir ao trabalho do que
infringiu a lei, no desejo único de poder lhe gritar: Muito bem feito. Você
mere-ce.
E, no entanto, trabalho jamais foi, nem será castigo.
O trabalho constitui uma das Leis naturais, Divinas, que tem por objetivo
pro-piciar ao homem oportunidade de progresso.
Não fosse o trabalho e o homem permaneceria na
infância da Hu-manidade. É o trabalho, o esforço por melhorar suas
condições, que lhe permitiram avançar tecnologicamente, ensejando o
cresci-mento do intelecto, propiciando-lhe contribuir para a melhoria do
próprio mundo em que vive.
Há o trabalho pelo amor ao trabalho a que se vinculam
criaturas que desejam, simplesmente, cooperar nos campos da Terra.
Há o trabalho de centenas de profissionais da
medicina, da psicolo-gia e outros tantos anônimos que servem seu semelhante,
visando-lhe o bem estar e o equilíbrio. São os semeadores da esperança nos
canteiros da desordem emocional e psíquica.
Há o trabalho dos que buscam serenar as tensões que
tomam de as-salto os corações incautos. Trabalho que ocupa a alma por
inteiro, elevando o ser à condição de auxiliar da vida, propiciando-lhe
ex-periência venturosa.
Vale a pena ajustarmo-nos ao permanente trabalho,
ofertando o que dispomos, afeiçoando-nos às tarefas a fim de que
contribua-mos para o crescimento dessa formidável escola planetária, onde
nos encontramos em missão de progresso.
Não nos esqueçamos de que, para manter a harmonia do
Universo, Deus trabalha sempre, como bem nos afirmou Jesus.
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Há muito pranto aguardando disposição para
ser detido, com o lenço da boa vontade, da fraternidade que todos podemos
ofertar, num trabalho de amor.
É importante percebermos que há muitos sofrimentos a
nos busca-rem as possibilidades de servir.
Servindo a outrem, conseguiremos nos erguer acima da
vala da re-clamação, pois que teremos em mira o bem e como meta a decisão de
trabalhar.
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Redação do Momento Espírita, com base nos
cap. 35 e 36
do livro Vozes do Infinito, de Espíritos diversos,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
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Redação do Momento Espírita
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