É um assunto que sempre pode ser trazido à baila. Sempre haverá
algo
a se falar sobre o amor. Alguns lembram que induz a sofrimento, pois
amor rima com dor. Não concordo. Pode até rimar, mas apenas
poeticamente. Na reali-dade, são sentimentos que não se interagem, pois o
amor quando é verda-deiro, sincero, só pode trazer felicidade, nunca dor.
Nem mesmo a chamada
dor da separação, quando esta ocorre contra o real desejo de
ambos. Gosta-riam de estar juntos, mas circunstâncias diversas,
algumas vezes profissi-onais, ou sejam quais forem, obrigam a uma separação. Há que
saber tolerá-la para que não sobrevenha a dor, que sempre
poderá atrapalhar o amor. Principalmente quando é aquele que é o
amor
definitivo, não importa se primeiro
ou centésimo, desde que seja aquele
que nos fez balançar nas estruturas, aquele que podemos
reconhecer como definitivo.
Claro que é importante que seja reciprocamente o definitivo. Para
bem viver esse amor, é necessário que haja entre os
parceiros uma entrega
total, uma comunhão de desejos.
Mesmo que existam diferenças
entre as maneiras de pensar e de viver,
se
houver o real sentimento de amor os unindo, todas as arestas poderão
ser
aparadas. O real amor é vivido a dois, reciprocamente. Existe
a necessidade
de estreito contato físico quando juntos.
Contudo, se circunstâncias da vida provocarem uma
separação física,
será
necessário que exista uma comunhão espiritual, que
fará com que a presença ausente transforme-se numa ausência presente. E assim, o
amor poderá
ser mantido, pois será "sentido", apesar de não estarem
juntos.
Esse será um amor quase místico, mas que poderá ter carinho e sensualida-de, desde que os parceiros possam assim sentir. Claro que jamais substitui-rá a presença física, mas ajudará a suportar a ausência,
pois nem sempre os
amantes poderão estar juntos.
Existem recursos mil atualmente para ajudar a suprir a presença do
corpo amado. Podemos fazer contato por telefone, por e-mail, e
até podemos
ver
pelo sistema de imagens.
E o amor deve sempre ser dito. Não podemos ser econômicos para falar de
nosso amor. Não devemos sentir acanhamento em dizer em alto e
bom
som EU
TE AMO. Mesmo, e principalmente quando é um relacionamento já de
muitos
anos. Muitas vezes nos esquecemos de dizer, acreditando
não ser necessário.
Claro que ambos sabem que se amam. Mas não custa
dizê-lo. Não custa ser
romântico. E se uma declaração de amor for acompanhada por
uma rosa
ver-melha, terá seu efeito centuplicado. E não se pense que é
apenas às
mu-lheres que se deve oferecer flores... Existem homens, com
sensibilidade suficiente, e que gostam de saber que são amados,
recebendo flores de sua amada. Sabemo-nos amados, mas é muito
gostoso ouvi-lo da boca de nossas amadas.
Essa total reciprocidade de sentimentos, é que permite que
um relaciona-mento atravesse todas as fases da vida. Mesmo sofrendo com
separações
físi-cas, mesmo encarando toda sorte de problemas, mesmo com
todos os mesmos que possam ser encontrados, ele sobreviverá, pois é um
amor calca-do na
sinceridade dos sentimentos.
Aquele amor que pode ser declarado apenas com um olhar, mas que
deve ser
dito em alta voz. L'Inconnu brindou-me com a seguinte e definitiva
frase a esse respeito: "Fala-me do quanto me queres, chama-me... molda-me
a ti, grita por mim... e em mim..."
Essa é a necessidade, falar que amamos, para ouvir que somos amados.
Sempre a reciprocidade no sentir desse amor. Sempre a sinceridade
que
de-ve prevalecer, para que o amor sempre sobreviva.
Estando juntos ou distanciados, sempre devemos dizer "EU TE AMO"
para quem amamos. Seja de viva voz, seja através de flores, seja por um
belo
po-ema, ou mesmo uma crônica, que seja dito ou escrito, mas
que seja sentido. É vital para o amor que ele seja declarado.
O pensamento mais errado é quando achamos que não é mais necessário
dizê-lo, pois "já
sabe". Saber já sabe...mas quer ouvir...
Como amor e amizade são sentimentos correlatos,
declaro meu amor
e ami-zade, desejando-lhes
UM LINDO DIA.
Para um bom e romântico fim de semana...
vamos falar de amor?
Ósculos e amplexos,
Marcial Salaverry
Santos - SP
Fundo Musical: Entre O Céu |