Sinceramente nos tempos bicudos que correm, não é fácil falar
sobre
sinceri-dade, que dirá de encontrar quem a empregue... sinceramente.
E meu velho guru L'Inconnu, me mandou um
pensamento que, sinceramente dá o que pensar: "Ser autêntico, sem
ser rude; ser verdadeiro, sem agredir; ser puro, sem ser servil."
Vamos comentar por partes, porque vale a pena analisar este brilhante
pen-samento.
Ser autêntico, sem ser rude. Tem muita gente que interpreta a autenticida-de, como impor sua vontade, que é soberana. Não
é bem por aí, pois pode-mos (e devemos) defender nossos pontos de vista, porém sem agressivida-de. Muitos relacionamentos terminam porque uma
das partes permaneceu in-flexível em seu ponto de vista, não
"dando o braço a torcer" de jeito
ne-nhum.
Ora, toda questão tem, pelo menos, dois lados. Ambos
tem que ser analisados.
Se um não arreda pé, está criado o impasse. A
rudeza nas discus-sões sempre
traz resultados altamente negativos.
Há que se usar ponderação.
Ser verdadeiro, sem agredir. Este ponto ainda é mais determinante do
que o primeiro. Se a rudeza não é bem aceita nos acertos,
a agressão, seja ela
ver-bal ou física, é pior ainda.
É incrível a facilidade com que as agressões são praticadas, sobretudo,
em briga de casais. E um gesto irrefletido, um insulto mal colocado,
pode provocar o fim de tudo. Sempre devemos pensar bem antes de
agredir quem quer
que seja. Não se esqueçam de que toda ação violenta provoca uma reação
mais violenta ainda. E se o problema for
entre parceiros, insultos ou agressões
ferem muito mais ainda.
Há que se usar a ponderação.
Ser puro, sem ser servil. Esta é o oposto dos
anteriores. Nunca discu-te. Nunca argumenta. Aceita passivamente o que outro lado determina. A
mansidão também é má conselheira, pois a pessoa um dia se
sente de tal maneira sufocada, que explode. E isso também não é bom.
Nem tanto ao mar,
nem tanto à terra. Ninguém deve se anular em benefício de ou-trem. Colaborar, ajudar, mostrar boa vontade, é uma coisa. Deixar de viver a
própria vida
para viver a de outro é contraproducente, pois faz mal para alma, que se sente violentada.
Há que se usar a ponderação.
Disso tudo, é fácil deduzir que o que se impõe, é o bom senso, o meio
termo. O meu direito termina onde começa o seu, e vice-versa. Para
que um
bom relacionamento sobreviva, é imprescindível ponderação,
compreensão,
res-peito. Nunca devemos querer impor nosso ponto de vista a ferro e fogo.
Te-mos que aprender a ouvir o outro lado com isenção de ânimo, e aprender
a
ceder quando estamos errados. Essa é a grande vitória.
Agora, como eu sei que a vontade de vocês "bate" com a
minha, dou
uma or-dem para ser obedecida: TENHAM UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
Fundo Musical:
Hold Dreams
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