O amor, em seus caminhos e descaminhos, por vezes nos
mostra caminhos estranhos, diferentes, chegando mesmo a não o entender.
Somos postos
à prova, envolve tanto os sentidos que nos faz renascer, caso
contrário perde-mos o sentido da vida.
O amor nos leva à lugares distantes, faz-nos sentir em etéreas viagens,
pro-piciando-nos situações inusitadas.
Aos poetas e escritores, leva inspirações inesperadas e maravilhosas,
provo-cando lindos contos e poemas... E que fantásticos romances já foram
escri-tos...
O que seria dos artistas das letras, não fosse a imprevisibilidade do
amor... De onde tirar tantas ideias, se o amor seguisse regras e normas pré
determi-nadas?
É nessa falta de sentido, que se encontra o verdadeiro sentido do
amor.
Pa-rece coisa de louco, e é mesmo... Apenas os loucos tem coragem para
entre-gar-se a um amor em sua plenitude...
Num segundo, ele nos traz o ser amado, e sua voz, seu toque, seus
carinhos são sentidos. Vejo meu amor sorrir, e seu sorriso feliz me faz
feliz.
O amor nos provoca uma dependência de sentidos. Nosso bem estar,
depende
do seu bem estar...
Sorrimos, cantamos, dançamos, vibramos. Com ele viajamos para lugares
dis-tantes, mesmo sem sair do lugar. Ao lado de nosso amor, transportamo-nos para qualquer rincão do mundo.
Quando não o temos a nosso lado, procuramos de todas maneiras algo
que
nos faça sentir sua presença, e sentimo-lo a nosso lado. Conhecemos seu
cheiro, seus gostos, suas manias, e compartilhamos disso tudo.
Conseguimos
até mesmo penetrar em seus pensamentos. Sabemos se está
triste ou alegre,
apenas olhando para sua expressão facial...
Temos as mesmas ideias, chega a existir um só pensamento, o que facilita
muito a convivência. Por vezes basta um olhar para entender mil
palavras...
Ao seu lado, gostamos de nos sentir crianças de novo,
fazendo brincadeiras, piadinhas. É uma verdadeira delicia passear descalços na
chuva, de
mãos da-das com nosso amor... O amor tem dessas incoerências, pois ao mesmo tempo que requer seriedade, respeito, também exige uma boa
dose de
in-fância no relacionamento.
Um amor que não tem limites, e tampouco fronteiras. Quando está
longe,
sentimo-lo perto. Se está perto ficamos abraçados, mais perto ainda...
Vivemos todas as fantasias possíveis, seja em passeios habituais, seja
no ro-mance, que não pode ter monotonia... É preciso criatividade. É
preciso in-ventar maneiras. E não pode ser planejado. Como aqueles
casais que deter-minam que o sexo deve ser praticado aos sábados, entre 14hs e 14hs30... Po-de? Não pode. O amor tem que ser deixado ao acaso... Pintou
vontade... al-guma coisa tem que ser feita... E deve ser feita com amor... com
alegria...
com tudo que há de direito!
Tem que haver respeito. Ambos devem ter os mesmos direitos para falar e
para calar.
O amor requer liberdade. Um amor obsessivo, que quer nos bitolar,
quer
nos proibir, é um amor coercitivo, e, um amor que não nos deixa ir, não
nos deixa viver, também não nos fará sorrir.
O verdadeiro amor, sempre tem um sorriso para nós... nos deixa em
liberda-de para escolher se queremos sempre estar em sua companhia...
Faz-nos sentir saudade dos momentos felizes já vividos, dos carinhos
que
sempre e sempre desejamos. Saudade que dói, corrói e nos faz melancóli-cos, tirando-nos a alegria de viver...
Não sabemos por quanto tempo teremos esse amor. Nosso desejo é
que seja
para sempre. Se for, será.
Porém, pela inexorabilidade do destino, um dia nos perderemos. Isso
aconte-cendo, o certo é que
noutra vida nos encontraremos, para continuar
vivendo esse grande
amor... Os verdadeiros amores não se perdem nos meandros do tempo.
Permanecem pela eternidade.
Acredito que o maior sonho de todos, é poder olhar seu amor bem no
fundo
dos olhos, e fazer uma linda declaração ao amor....de hoje, de ontem... de sempre.
E com esse pensamento voltado para o amor, espero que todos
tenhamos UM
LINDO DIA.
O amor... para ser amor,
Tem que ter calor...
Tem que ter... AMOR!!!
Marcial Salaverry
Santos - SP
Fundo Musical:
Love Story - Fausto Papetti |