Vamos tentar entender, porque já se falou muito sobre a
felicidade,
que sem duvida, é algo muito subjetivo.
Existem diversos conceitos de felicidade. Existem pessoas que se sentem fe-lizes sofrendo dores. Adoram sofrer.
Existem outros que para se sentir felizes querem paz,
tranquilidade,
bem es-tar, sossego, e de preferência, em contato com a
Natureza, onde se
sente bem e está feliz.
Contudo, existem outros que para estar bem, preferem agitação, música ba-rulhenta, muita gente em volta. Legal. O maior barato.
Ainda há que se considerar aqueles que preferem solidão, uma música
sua-ve, uma rede preguiçosa... Beleza pura.
E os executivos "trabalhólatras"? Para atingir o orgasmo da felicidade,
preci-sam ouvir 4 telefones tocando ao mesmo tempo, o computador em plena
ati-vidade, a secretária anunciando alguém que quer falar urgente.
Assim estão felizes.
Os esportistas precisam de atividade para estar bem. Os comodistas
prefe-rem um sofazinho básico, ou então uma rede e uma caipirinha do lado...
Os boêmios só estão bem curtindo a noite numa boa farra. Os madrugadores querem a noite para dormir, e o dia para curtir.
Daí pode se deduzir que o conceito de felicidade, é algo que cada
qual tem dentro de si.
Depende de descobrir o que é que faz sentir-se bem.
Li um pensamento muito interessante de S. Brown (quem é?), que diz
o se-guinte: "Ninguém tem a felicidade garantida.
A vida simplesmente dá a cada pessoa tempo e espaço. Depende de você enchê-los de alegria."
A felicidade existe no ar, existe dentro de cada pessoa. Apenas há que
se sa-ber "colhê-la". Cada qual deve saber se definir. Deve
conhecer-se para
saber o que poderá fazê-lo feliz.
Muitas vezes estamos fazendo alguma coisa que aparentemente nos
comple-ta. Aparentemente é aquilo de que gostamos e que nos fará felizes. Apenas não é exatamente isso. É que ainda não descobrimos a nossa "pedra de
toque", ainda não encontramos o que realmente vai nos causar prazer, e é aí
que reside o grande problema. Descobrir o que fará nosso interior
feliz, ou,
como com muita propriedade definiu nosso amigo Brown, como encher
nosso
tempo e nosso espaço de alegria. Como definir qual o nosso conceito
de felicidade.
Basicamente é aquilo que faz com que nos sintamos bem.
Que, ao acordar-mos pela manhã venha em nosso pensamento como o que de melhor poderia nos acontecer naquele dia, e tentarmos consegui-lo. É aquele algo
mais
que faz com nos sintamos realizados, felizes.
Devemos saber encontrar essa coisinha, e ainda restam outros proble-mas. Muitas vezes sabemos o que poderá nos tornar felizes,
mas não temos
condições para consegui-lo. Mas será que seria realmente isso? Ao conseguir-mos, ficamos frustrados, porque não era bem aquilo o que queríamos.
É essa
insatisfação natural, inerente a quase todo ser humano, que
realmente atrapalha a possibilidade de encontrar a felicidade plena, e
finalmente sen-tir-se
feliz.
A busca pela felicidade é que parece trazer a felicidade, pois a expectativa é que provoca a descarga de adrenalina antes de
relaxarmos, porque
conse-guimos finalmente encontrar a tão procurada felicidade, que na verdade ain-da está na outra esquina.
E, se for assim, o negócio é continuar procurando por ela, é continuar
ten-tando conquistar novos espaços, novos amores, porque é isso que nos
fará
felizes, e se não for, faremos nova busca. Essa
procura nos proporcionará
muitos momentos felizes, e assim chegaremos à grande verdade, ou seja a felicidade total é totalmente utópica... não existe.
O que existe, na realidade, são os momentos felizes que
vivemos, e
que de-vem ser bem aproveitados e bem vividos, para que não nos arrependamos depois por não tê-los aproveitado, tentando achar o almejado Shangrilá.
Va-mos bem viver esses bons momentos, enquanto vivos estamos.
E um desses bons momentos, será termos mais UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
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