Nos longos vãos dos corredores,
ou nos bancos
lá da AACD, mães fatigadas, mas serenas,
ao peito arrimam, sejam claras ou morenas,
míseros filhos mutilados... tortos... mancos!
Precoces rugas pela
face... Alguns fios brancos
entre os cabelos, não refletem mais que amenas
e leves provas ante as mudas e árduas penas
de ver um filho se arrastando aos solavancos!
Mas em nenhuma, cujo
filho é a inglória palma,
a gente nota um leve ar de oculto pranto,
mesmo um gemido a perturbar-lhe a altiva calma!
É que aos pequenos
deficientes Deus quer tanto.
que os não confia a quem não traga dentro d'alma
o amor sem termo que há num mártir ou num santo!
Humberto
Rodrigues Neto
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