Ó imenso mar, ó traidor,
Que poder o Pai te deu?!
Cantei-te com tanto amor,
Mas tudo em redor cedeu!
A terra toda alagaste,
Causando a desolação.
Demónio, tudo arrastaste,
Sem dó e sem compaixão.
Contra a própria Natureza
Tu investiste, maldito!
Já esqueci a beleza
Com que te tenho descrito.
Os poetas se extasiam,
Perante a tua lonjura.
Nossas gentes pressagiam
E choram a sua agrura.
Mas desta vez foi pior,
Ajudaste ao fim do mundo.
Diz-me qual a dor maior,
Sofrimento mais profundo,
Do que ver os seus morrer,
Sem lhes poder acudir?
Tudo a desaparecer,
E o mar a tudo engolir.
Não te quero rever mais.
Eras todo o meu enlevo.
Não me encantarás jamais.
Sobre ti não mais escrevo.
Maria da Fonseca
Lisboa - Portugal -
26/12/2004
O mundo pergunta o que está acontecendo?
A maioria não está entendendo...
Há coisas que para o homem é mistério
Que só Deus desvenda, pois é caso sério...
A terra se equilibra como ébrio
Surgiu na África o vírus ébola
Nas últimas décadas aumentou o sofrimento
Que horror foi o ataque ao World Trade Center
Na década de setenta...
Apareceu uma arma não sangrenta...
Veio a AIDS como escravidão
Que já matou grande parte da população
A ciência possibilitou os produtos nocivos
Que traz medo e destruição aos seres vivos
Dizimar população inteira já é possível
Usando armas às vezes invisíveis
A guerra aumentou
O genocídio piorou
O xenofobismo não aplacou
É o Apocalipse se cumprindo Senhor?
Acertou Malthus, em seu Ensaio sobre a População...
Já vemos que é realidade e não previsão...
As populações crescem em proporção geométrica
Enquanto os alimentos em proporção aritmética
A pestilência tem feito devastação...
Aumentou doenças de câncer e do coração
Crianças morrem de inanição
Até para escrever sinto dor e comoção
Porém o homem em sua maioria
Ainda não acredita nas profecias
Que na Santa Bíblia relatou o Messias
Que grande tribulação na terra chegaria
Agora no encerramento de um ano
A humanidade está lamentando
O maior terremoto e maremoto na terra
Trouxe choro e desespero no ano que se encerra
O homem jamais dominará a natureza
A rebeldia continuará com certeza
Muitos inocentes pagam com a vida
Pelos erros do homem nesta terra combalida
Mortos são enterrados em covas rasas
Turistas que jamais voltarão pra casa
Agora o homem fala em epidemia
Que assolará a terra como pandemia
Amigos meditem um pouco nesta poesia
É o eco de um poeta em agonia...
Sou impotente pra converter seu coração
Digo "eu" a saída é rever as obras e crer no poder da oração
Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 31/12/2004 -18:17 hs
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