Dueto: Homenagem a Bagdá


 
Recebi em 19/11/2005
 

Bagdá! - Margaret Pelicano

Bagdá incendiada
corações desesperançados.

Onde o calor humano?
Onde as flores?
Onde o canto dos pássaros?
Onde o riso das crianças?
A alegria, as árvores, o rio Tigre?

Bagdá incendiada
corações amargurados.

Triste imagem de uma cidade linda,
tragédia sem espaços
tantas vidas cheias de percalços
tantos descalços...

Bagdá incendiada
corações soterrados

Meu Deus que pecado!
Meu Deus! Que sofrimento o Teu
Ao ver uma de suas criaturas
não herdar de Ti
o calor e o aconchego do Teu regaço!

Bagdá incendiada,
flores de fumaça!

A inocência de muitos deflorada!
Despetalada, desmanchada...

Ah! Bagdá...
Amanhã, será outro dia...
Sempre há um amanhã
Sempre há um dia melhor
e risos e flores e amores e reconstrução
E Deus ou Alá
Nosso eterno Senhor...
Deus te acolha em seus braços, Bagdá!

Nós criaturas humanas te queremos bem
Te queremos feliz de novo
se for possível, depois de ver seus escombros...
sua gente sofrida, perdida, amargurada
Alá esteja contigo Bagdá!!

Margaret Pelicano
Brasília - DF - 21/03/2003

Homenagem a Bagdá - Valeriano Luiz da Silva

Bagdá do começo do mundo
Onde o Tigre e Eufrates, não pararam nenhum segundo,
Bagdá que já floresceu
Quantos momentos trágicos você viveu

Bagdá! Que fizeste para merecer...
Ver tanto sangue de seus filhos escorrerem,
Foste dominada por um tirano
Que se alimentava de poder e vivia matando

Quantas aldeias ele dizimou
Mesmo assim seu povo o idolatrou
Agora o homem caiu
Mas a paz você ainda não viu

Alguém te destruiu
Ainda não reconstruiu
Olha Bagdá o mundo todo viu
Quando alguém te invadiu

Sua dor o planeta sentiu
Quem te destruiu muito exibiu
E a culpa até agora ninguém assumiu
Bagdá... neste sofrimento mais maturidade você adquiriu

Com a invasão você foi saqueada
Preciosas joias de ti foram roubadas
Os órfãos estão chorando
Muitas viúvas mendigando

Enquanto muitos estão banqueteando
Mas o mundo todo está te olhando
Tu serás reerguida
Fique firme que não serás mais destruída

Nenhum ditador há de se levantar
Para teus filhos matar
Só o tempo poderá apagar
A maldade que fizeram a este lugar

E viva Bagdá onde corre sem parar...
O Tigre e Eufrates que abrilhanta este lugar
Se o homem tiver piedade você ainda vai recuperar
E um dia ele dirá em público me perdoe Bagdá!

Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 28/05/2004



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