Ouve... Quem?
O coração que chora, mesmo com o amor
que o abarca e o devora?
Socorre!
Tu já tens o meu calor, força que move...
Quem se dilacera, neuras ferem, deveras.
e sangra, de tanto oferecer-te primaveras?
Tem que ser agora, mas já fazes parte
da maior parcela de minhas horas...
antes que se desengane, a que padecer te referes?
e morra!
Deverias sorrir, pois desconheces masmorras...
Deita, como se almagras minha alma,
que em ti se ajeita?
tua cabeça, (que se te ouvir, talvez pereça)
no meu peito, que deverá vestir-se suave leito.
Faz voltar a calma, porque o enervar-se,
se juntas estão nossas almas?
afasta meu medo, não estás imersa em nenhum degredo,
termina com essa tristeza, sinceramente não vejo sinais
de qualquer densidade, somente registro a leveza...
Com tua mão, (alegrado já fiz-me até tua canção)
forte e imensa, arraigado a ti estou de forma
intensa,
tampa essa visão estranha (o que me escondes,
se conheço bem tuas entranhas?)
mostra o mundo que te encanta,
- teu algor claustro me espanta -
e apara a lágrima que despenca,
por acaso choras?
Por acaso aprisiona tua certeza, tua crença?
VEM!!!
COMO,
SE JÁ EXISTEM MIL ANOS,
QUE EM TI ESTOU?