Recebi da Poetisa Rivkah em 10/07/2007
 
Esteja certo!
rivkahcohen
 
 
 
Quantas
  informações
      guardamos..
 
Muitas
com o passar dos anos
achamos que esquecemos,
não mais as temos,
mas não!
Estão armazenadas,
mais ou menos apagadas,
por alguma razão..
 
Quantas
lembranças!
 
Quantas
reformulações!
 
Quantos
colocamos na balança
e nem pesaram tanto!
Uma decepção..
 
Nos eram tão caros
e quando viemos a precisar,
era o lugar mais vago..
 
Quantas palabras soltas,
quantos momentos sem par,
quantas questões ficaram roucas
de tanto que pedimos, insistimos
e até hoje estamos a esperar!
 
Somos
um mar de informações,
               buscas,
decepções..
 
Em muitas temos culpa.
Não tivemos calma,
não nos empenhamos com alma
e deixamos escapar.
 
Outras,
não estávamos preparados.
Faltou-nos discernimento
e depois
de um certo tempo,
já não mais apaixonados,
caiu no esquecimento
ou não
nos interessamos mais!
 
E assim,
vamos tentando viver,
ser feliz.
 
Muitas vezes,
meio amargurados
costumamos dizer:
O que fiz?
Onde tenho errado?
 
Olha..
É mesmo complicado!
 
Você até que tentou,
mas na hora H,
ficou quieto
e não levou.
 
Em outros momentos,
fez correto, mas ainda
não estava bem equilibrado
o sentimento
e novamente escorregou!
 
Um dia, esteja certo,
eu,
você,
todos nós,
estaremos mais eretos
e só nos servirá
um mundo de Paz
e aí sim, será muito,
muito mais fácil caminhar!
 
No alto, escrito em Hebraico,
 uma verdade de Anaïs Lin:
 
"Não vemos as coisas como são,
                        mas sim
como nós somos"
 
Elohim, quanta verdade!
E o interessante é ver nosso dedo,
absolutamente esticado contra os outros,
mas não nos atemos que três nos atingem
a 'queima roupa'!
E assim vamos vivendo, achando-nos perfeitos,
vendo em nossos 'eleitos', um poço de veneno..
 
Rivkah
(a que acaba de chegar)
 
 
Enganos Humanos
Schyrlei Pinheiro
 
Dói nascer, e viver, morrer é partir,
ir ao encontro do mérito sentido,
sem voltas, sem retornos
 
Estamos cientes
que perderemos tudo na luta derradeira.
Só após o final saberemos
se mereceremos a medalha da saudade.
 
Em nome do amor, vencedor da paixão,
erramos, pensando combater os sofrimentos
com os argumentos da eterna felicidade.
 
A fonte da vida não seca, escorre entre as fendas
abertas no tempo e se unem no espaço doce,
cristalizadas, ou  temperadas pelo sal,
que batiza a liberdade do sempre amar,
 
Sem condenar o desconhecido engano, erramos,
e a derrota brota, sonhando com a vitória,
impune do imune, justo e soberano Pai da humanidade.