[QUARTETO]
Tema: LIBERDADE!
Publicado (Silvia
Giovatto in solo) em 12/05/2011 -
11h19m
Atualizado em 12/05/2011 -
18h24m
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LIBERDADE! - Silvia Giovatto
(faffi)
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LIBERDADE - Nídia Vargas
Potsch
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CONSCIÊNCIA NEGRA - Marcial
Salaverry
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LIBERDADE - Marisa
Cajado
LIBERDADE!
Silvia Giovatto
(faffi)
Será que os
nossos irmãos africanos
sentiram de verdade o significado
da
palavra liberdade?
Não basta ser livre das correntes
oprimentes,
não basta somente um grito de liberdade.
Uma
liberdade aparente, não é liberdade!
A escravidão acabou,
as
senzalas foram derrubadas, porem,
o negro continuou escravo da
sua cor.
O racismo existe, embora seja camuflado.
Desde 1888,
no dia 13 de maio,
poetas saem à luta, para poetar a tal da
liberdade!
Nossos irmãos Afro-brasileiros precisam voar
com as
asas da total liberdade.
Como deixou escrito o poeta Castro
Alves:
"Feliz da araponga errante que é livre
e que livre
voa, para as bandas do seu ninho"
Se somos livres, temos de
voar livres,
para onde quer que seja,
é assim que querem se
sentir os nossos
irmãos afro-brasileiros.
Livres daqueles
tempos onde seu povo
era oprimido por ter uma cor de pele
diferente.
Nunca vai existir liberdade total,
se não existir
amor e respeito entre raças.
Viva a liberdade
valorizada!
Princesa Isabel, assinando a Lei Áurea,
deu o
primeiro passo, e agora?
Vamos continuar abraçando essa causa
justa
dizendo NÃO ao racismo?
* *
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LIBERDADE
Nídia Vargas
Potsch
(indriso)
Na calada da
noite, laços rompidos.
Como a Vida não é mercadoria à toa,
Não
quis terminar como folhas ao vento...
Não volto
mais! Aqui vou eu!
Desfrutando total liberdade
Alcançada com
esforço supremo...
O impossível
habita coração conformado.
Sonhos e
realidade são eternos desafios!
@Mensageir@
* *
*
CONSCIÊNCIA NEGRA
Marcial
Salaverry
Falar-se em
"Consciência Negra", é algo que deve ser
buscado em suas ori-gens.
Os negros
foram violentamente arrancados de seu torrão natal.
A violência
sofrida fez com que se apegassem às suas origens, aos seus deu-ses,
às suas crenças, como uma espécie de defesa contra as violências a
que sempre foram submetidos.
Com a
Abolição, começou outra espécie de preconceito.
Os empregadores não
conseguiam esquecer de que eram escravos recém liber-tos, sem
qualquer tipo de cultura. Incapacitados portanto para qualquer tipo
de trabalho que não fosse o braçal.
Assim a
situação ficou durante muito tempo, com os negros praticamente
segre-gados, sendo muito difícil qualquer tipo de progresso.
O
ingresso em escolas sempre era dificultado aos negros.
Os problemas
cada vez mais se acentuavam.
Contudo,
com o passar do tempo, a situação foi mudando.
Consequência natural
da evolução mundial.
As
mudanças, no entanto, não foram tão radicais a ponto de se poder
dizer que hoje em dia não existe qualquer tipo de restrição ao
progresso dos negros.
Há que se
notar que ainda existe uma quase segregação.
Podemos dizer com mais
propriedade que existe um preconceito não se pode dizer racial, mas
sim quanto às reais qualificações dos negros.
As chances
não são iguais. Poucos são os empregadores que, analisando duas
fichas de candidatos com igual grau de conhecimento e de
qualificações, irá empregar o candidato negro em detrimento do
branco.
Pode-se
notar que na maioria das grandes Empresas, de qualquer tipo, são
poucos os negros que conseguem cargos a nível de direção.
Será por
incapacidade, ou por uma espécie de preconceito disfarçado?
É algo
para ser pensado e repensado.
Já está
provado de que com as mesmas possibilidade de estudo e preparo, a
cor da pele não significa que determinada pessoa tem maior ou menor
capaci-dade de desenvolver o intelecto, ou de desempenhar funções.
A
questão é algo digno de estudos.
Analisar-se
os porquês é uma outra questão.
O que é necessário, é que certos
conceitos e preconceitos sejam revistos, que se adquira uma melhor
consciência da realidade, não digo nacional, mas mesmo mundial.
Há que se
rever certas posições para que doravante não se olhe mais para a cor
da pele das pessoas, mas sim para sua real capacidade e
inteligência.
Há que se
evitar para o futuro esse tipo de coisas.
A cor da pele não
significa absolutamente nada para se aquilatar a real capaci-dade das
pessoas.
Neste
Dia da Consciência Negra é esse apelo que fica.
Igualdade total de oportunidades e possibilidades de
desenvolvimento.
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LIBERDADE
Marisa
Cajado
Passei a
vida, a buscar liberdade.
Asa, que me chama, me fascina
E
pouco a pouco me ensina
A descobrir felicidade.
Procurei-a
na luz da cada estrela.
Nos campos, na montanha em florada.
Cansada, na ânsia, de tê-la
Para aurir com ela, a madrugada.
Quantas
vezes algemada, solidão a dois
Queria vê-la, apontando em minha
estrada
E no silêncio sofrido do depois
Mais dela eu me
mantive afastada.
Até que um
dia, que longe se vai
Ela chegou, como encantada.
Agora sei,
que de mim não sai
A encontrei na alma ergastulada.
Só então, eu
fui conhecê-la
No corpo e em meu ser amante.
Ela parece
mesmo, uma estrela
brilhando augusta, em meu peito errante.
Porém não veio só. A bem da verdade,
Quando feliz,
em mim fez ninho.
Trouxe junto, a responsabilidade.
Trilhamos juntas o mesmo caminho.
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Imagem de fundo com base
in
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Fundo Musical: Sentimental
Melody - Villal-Lobos
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