I
Carinhos quantos me deste // Em vestes bordadas Ó minha mãe tão querida // Sagrada tua vida Mil afagos, tu soubeste // Divinamente tocar-me Colocar em minha vida // Um amor incondicional II Velaste noites a fio // Instruída da intuição Quase sempre, sem dormir // No poema coração Quer no calor, quer no frio.// Em qualquer estação - De dia, alegre a sorrir // De noite, sempre a agasalhar III Em teu regaço ó mãe // Anjo secular deste mundo Aprendi sempre o melhor // Com tuas prendas Ensinaste-me, também // A alfândega do dia Quem foi do mundo o Feitor ! // Em louvor meu, Amém! IV Bendita seja a mãe // Tão amada e querida Que na palavra interpela // Terapia do coração Fazendo do filho alguém // Extensão do caráter Na expressão lúcida e bela // Indizível exemplo V Com o tempo fui crescendo // Nunca esquecendo - Sempre tu a orientar-me // Constantemente o aceno E em teus conselhos, aprendo // Que a chuva cai e o sol brilha A do mal, sempre afastar-me // Isentando-me da galhofa VI Em minha alma gravaste // Com letras de ouro Princípios de honestidade // Bondade e caráter E quantas noites passaste // Olhos entreabertos Velando minha mocidade // Num perfil quase santa VII Eu, fui crescendo na vida // Feito a semente do jardim Tu, prateando os cabelos // À luz dos anos pragmáticos Ias ficando envelhecida // Somente a tez e os cabelos Mantendo os mesmos desvelos // E o coração de menina VIII Oh! Se eu pudesse voltar // E cantar aos seus ouvidos Aos tempos de minha infância // Quanto privilégio Teu rosto iria beijar // Tua mão no altar Com ternura e *jactância // Toda doçura eternizada IX O tempo nada perdoa // Tudo é uma performance Consome até a esperança // Num ato de infância - Mas deixa uma coisa boa // Milenar e exuberante Que é, a eterna lembrança! Jamais esquecida! Armando A. C. Garcia São Paulo - SP - 26/04/2008 www.usinadeletras.com.br Luiza De Marillac Bessa Luna Michel São Paulo - SP - 26/04/2008 - 14h50 * orgulho - altivez
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