Na Era
do amor, deram-te a mim...
Mas, passaste e minguaste...
Tantas vezes te ausentaste
e eu sempre te esperei nas crescentes,
amando-te pelo que serias!
Não há mais
motivo
para que eu te ame...
Não há mais porquê
recolher teus raios prateados
e guardá-los no olhar!
Olhar-te sonhando,
o que não há mais para sonhar!
Hoje, melhor
me apraz
ver-te minguar e parecer comigo!
Sou minguante ...
Não sou mais apogeu!
Não sou fulgor, nem labareda...
Sou brasa
mortiça,
que a brisa, enquanto sopra e reaviva,
também torna-me cinza e espalha-me ao vento!
Eme Paiva
13/04/2006
Oh! dama da
poesia lua prateada
não apagues a noite estrelada,
não despeças amantes
donos desse amor latente
resume tuas fases sem disfarces,
para que do amor não te julguem uma farsante
volta ao fim de mais um tempo sempre renovada
fermenta a cada dia e cresce com os beijos
e as juras de amores nunca findos
dessa multidão apaixonada
para novamente irradiar tua luz plena e cheia
saudando novos namorados: sede bem-vindos!
hospedando-os também em teu seio aconchegante
mas... ao reiniciar um novo ciclo
Lua... por favor...
salta a tua fase de minguante!
Gui Oliva
São Paulo - SP -
13/04/2006 às 6:30 hs
Fundo Musical: Canteiro De Mim
|