Enquanto outros combatem
esforçados
Eu, trémulo me atenho, impreciso
Afivelado ao rosto; patético sorriso
Num jeito que me traz desfigurado.
Simulação de um homem
de verdade
Sou parco de vontade, de ambição
Mais me não move o gesto e a razão
Que o gosto de qualquer frivolidade
Sei desta vida pouco
mais levar
Que o atavismo de uma alma breve
Já conformada à negação de amar
Que almo inda me pode
tornar leve
A terra que me vai acobertar;
Outra expressão que tudo isto releve?
Eugénio de Sá
Confia nessas mãos, fortes,
seguras,
Que na Cruz se sangraram horrivelmente,
Para nos darem rumo diferente,
Nessa vida de angústias, de amarguras.
Confia nessas mãos
Santas e puras,
Quando um perigo te fizer presente,
Quando triste estiveres já descrente,
Ante as ingratidões e desventuras.
Segura nessas mãos!
Elas reluzem,
Soerguem-te, te animam e te conduzem
Com segurança em direção à paz.
Basta que tenhas fé no
Mestre amado,
Que por nós todos foi crucificado,
E de tudo vencer serás capaz
Sá de Freitas
Nota: A temática
proposta e respondida é ficcionada.
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