Tocam os sinos da Catedral Metropolitana, esse som desafinado e melancólico anuncia o fim dos nossos sonhos, a morte das nossas esperanças, nossa inesperada separação. Assim quis o destino, punição tirana. A paisagem ajuda a esconder essa melancolia, que faz sangrar a minha alma ... Que instala aqui no meu peito essa horrível dor. Nossa separação pôs fim a felicidade deste dia. Esse adeus não querido, esfacelou meu sonhares, deixou-me desconsolado. Fez morrer a razão dos meus dias. Aqueles dias de mil cantares. Essa tormenta infernal, em que me encontro submerso, fez brotar em mim o pessimismo, um sentimento de descrença. A noite cai sobre a cidade, as ruas já desertas, os morcegos da solidão minha casa habitam. As ervas daninhas sufocam as lindas roseiras. De você resta infinda saudade. Fico tentando entender o porquê de tudo. Estou pensativo a espera de respostas, mas ao invés disso, inúmeras besteiras. Não acredito que esse adeus foi verdade. Tocam os sinos da Catedral Metropolitana, como se alguém comemorasse o que aconteceu, estivesse debochando da minha dor. Começo a me indagar: Onde, tu estás meu doce amor? Continuam tocando os sinos da velha Catedral, como se saudasse minha tristeza. Oh!, por favor, volte para mim, não me castigue com esse triste adeus. Ah!, vida madrasta. Outra vez sou vítima do destino, Da Dama de Negro, Deusa da Vilania. Tocam os sinos da Catedral. Que anunciaram o adeus da minha alegria. Do meu amor minha única felicidade. Jamais vou me recuperar do trauma deixado por essa data Carlos Boscacci Porto Alegre - RS
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