QUERO-TE FLOR PRIMEIRA!
Carmo
Vasconcelos
Quando eu futuramente regressar,
Noutro corpo, diversa alma prefiro,
Despida de memórias, qual papiro
Liso... Que esta enrugou-se de chorar!
Quero-a nua de passados já sofridos,
Flor
primeira, enxertada de ignorância,
Alheada de lembranças que em constância,
A
tolham pelos erros conhecidos!
Erros
que antes de fluirem largos prantos,
Se
vestiram de risos, gozo, encantos,
Inefáveis momentos de prazer!
Então, que venha a mim alma inocente,
A
aventurar-se, audaz, inconsciente,
Que
entre riso e pranto, há vida a viver!
***
Lisboa/Portugal
5/Janº/2010
Minha única
flor
Zéferro
Quando aqui voltares
novamente
Quero de novo dar-te meu
amor
Pois na certa trarás o
esplendor
Da beleza na face
inocente
Na certa saberás que te
amei
Como ninguém te amou em qualquer
vida
E que até a nossa
despedida
Foste, só, a mulher que
adorei
És meu bem que ganhei da
divindade
Como prêmio maior de minha
vida
E não quero jamais, minha
querida,
Separar-me de ti na
eternidade
Mas não fales, amor, de
despedida
Inda temos ventura a ser
vivida!
Zeferro, 9 fev.
11
São Paulo, Brasil