Recebi do Poeta Ary em 09/04/2018

Sem ti - Eugénio de Sá

Sem ti, que estás no sangue deste sangue
Que corres nestas veias do meu corpo
Deste corpo que usaste, até que exangue
Deixaste, sem remorso, e quase morto.

Sem ti, nada mais há para ensejar
Se eu aspirava só a estar contigo
Neste vazio nada há pra imaginar
Cada dia que passa eu me maldigo.

Ah, se esta lastimosa desventura
Presto me conduzisse à sepultura
Sei que abraçaria essa procela.

Mas o pior que pode acontecer
É almejar a morte e não morrer
É viver nesta frio que m'enregela.

Eugénio de Sá

Sem ti, sou ninguém! - Ary Franco (O Poeta Descalço)

Mesmo longe, mas ao alcance do meu pensamento.
Vejo-te pós-horizonte, esperando-me de braços abertos.
Os corpos tão distantes e nossos corações tão pertos.
Na brisa que me chega sinto teu olor, meu alento.

No delírio de meus sonhos alço voo a tua procura.
Levo comigo no peito uma bússola sem norte.
Sigo a minha estrela guia que sempre me ajuda.
Quem sabe desta feita, neste sonho terei mais sorte.

Fecho os olhos e te vislumbro sorrindo para mim.
Em céleres e largas passadas corro para teus braços.
Mas esvaeces qual miragem em um oásis, sem fim.
Quisera poder descansar meu cansaço no teu regaço.

És o ar que respiro, razão do meu viver, minha guarida,
minha paixão, minha musa, minha amada, minha querida.
Dona de mim, meu apaixonado coração é teu refém.
Entre juras de amor, confesso que sem ti, sou ninguém!

Ary Franco
(O Poeta descalço)



Fundo Musical: Sem ti - Dalva de Oliveira

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