Arneyde T. Marcheschi Quando a cortina da minha vida se fecha e os aplausos não se fazem ouvir eu fico pensando em você, em mim... Pensando aonde errei, se eu não interpretei bem o meu papel, se fui apenas coadjuvante da vida. Olho para a ribalta iluminada e meu coração se entristece. Mas o espetáculo não pode parar, faço a maquiagem, me visto com paetês e lantejoulas, entro em cena, e sorrio com os lábios enquanto o coração sangra, desconsolado. O pensamento intermitente me acusa, me mostra as falhas os erros que cometi no passado. Sei que hoje padeço por ter sido intolerante, teimosa, por não ter sido companheira por ter sido tão altruísta Mas o pano desce, o show da vida começa, e eu como todo palhaço o faço sorrir faço mágicas com minha tristeza danço espetacularmente as musicas que escrevi no decorrer da vida. Faço malabarismos, me entrego me deixo levar pelas luzes, pelo brilho, apago de mim as recordações e como estatua, fria sem vida recebo os efusivos cumprimentos pelo desempenho do papel pelo texto bem representado, decorado. Mas dentro de mim, alma despedaçada choro o pranto dos vencidos, choro o fracasso do nosso amor... choro por não ter sabido lutar, por não ter tido forças para investir contra as sombras, contra os fantasmas negros, que levavam você para longe de mim... Vitoria - E. Santo - 23/04/2005
www.vidatransparente.com.br Águida Hettwer Somos o espetáculo e os espectadores, Sorrimos, enquanto o peito dilata a mágoa, Choramos, enquanto as emoções flamejam latentes. Estatelamos a máscara, Desnudamos a alma, Nua e Crua... Abrem-se as cortinas, as luzes fazem ver além das aparências, O âmago em diligencia, Afugenta as dores, dão o colorido ao olhar, Ressoam os aplausos... A alma encharca-se de ilusão e assim vivemos de paixão e compaixão. Sapiranga/RS 30.04.2008 Fundo Musical: Passion Todo conteúdo deste site está protegido pela lei dos Direitos Autorais de 19 de Fevereiro de 1998 Arte, formatação e texto: Águida Hettwer |