INQUIETAÇÃO
Arneyde T.
Marcheschi
Nídia Vargas Potsch
Agonia que comprime o
peito
calando fundo novas
emoções,
apertando forte o
coração
pleno de desejos.
Provocando espasmos
de dor.
Pela distância que foi parar o
amor.
Essa inquietude,
chega devagar
para estraçalhar
me devorando a
alma
esmigalhando as
entranhas.
Anula meus
sentidos
com sons, cores e
alaridos
traz a angustia, o
medo, a solidão
traz um não sei quê de
emoção.
Sinto o frio da
tarde,
e a brisa que me
invade,
caindo sobre a
cidade,
espargindo
emotividade,
impingindo-me
arrepios
e enormes calafrios
cubro-me... o
corpo,
o espírito fica
gelado,
mas a alma permanece nua,
frágil
resquícios da saudade que
ficou.
Uma sensação de
tristeza
mas ao mesmo tempo de
beleza
se arvora em
mim,
lembranças revivendo,
trazendo doces
recordações
inúmeras emoções
de um ontem, ainda
tão vivo
em nossas mentes,
alusivo,
tão nítido, onde tudo
era florido
guerreiro e aguerrido...
No silêncio, penso
nos meus erros,
será que errei?
Ou fomos nós que erramos
nos afastamos...
e
no tempo perdido...
no vazio que restou...
que muito nos magoou...
Comungo com a noite
que cai
triste e fria noite
em meio aos respingos
da chuva,
que entranham em minhas
vestes e meu pensar,
a magia, o prenuncio
de um
novo amanhecer
perfumado,
ao lado do ser amado,
onde a aurora vai
brilhar e apagar
sem esmorecer,
essa melancolia, que
hoje teima
em permanecer, em atormentar,
em invadir o meu
ser.
uma vez mais... sem nos dar a
perceber...
* * *
Rio de Janeiro,
8/07/2006
Vitoria. E. Santo
08/06/2006
www.vidatransparente.com.br
Fundo
Musical: Juliette