Rua Augusta - Lisboa - Portugal

Lisboa é mesmo assim...
 
Eugénio de Sá
 
 
 
E o Tejo, a seus pés, testemunhou
Os amores que em Lisboa aconteceram
Uns libertos, floridos, que aprovou
Outros, feridos de morte, pereceram.
 
 
Mas ela vive, e permanece ainda
Cada dia mais nobre, mais amante
Desce as sete colinas sempre linda
E vai beijar o Tejo, palpitante.
 
 
E pla noitinha vai ouvir o fado
prova do vinho novo nas tasquinhas
e satisfaz-se c'o um chouriço assado
 
 
Já madrugada alta ora às alminhas
Que dormir sem rezar inda é pecado
E Lisboa é assim, doce e traquinas
 

Amar Lisboa

 

Ana Kilesse

 

No meu ser senti pulsar toda a beleza

Até onde o olhar conseguia alcançar...

Amores eu via cheios de certezas

Debutando a cidade onde é fácil amar.

 

Sem que mais atentasse na razão

Já sem questionamento que nada me dizia

Me deteitou essa mágica paixão

Nascida em cada canto que apaixonada via.

 

 

O fado fascinava o meu ser encantado

Buscando - além dos mares - amores profanos

Falava, em versos, de cada mal-amado.

 

Momentos de prazer, belos, insanos

Vivi inebriada pelo amor cantado

 

Lisboa é sempre igual; não conta os anos.



Fundo Musical: Rapsódia de Fados - Guitarras de Lisboa

Alfama

 

Edição e Revisão

Eugénio de Sá
 

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