Esta Crônica recebeu as seguintes Premiações:
01 – Concurso
"Internacionalizando o Novo Escritor" - 6º Lugar – Categoria Crônica – Vespasiano/MG – Maio/2007
02 – 5ª
Antologia "Novos Talentos da Crônica Brasileira" - Edi-tora CBJE -
RJ - Outubro/2006
Primeiro choramos e depois prosseguimos.
Essa é a trajetória de
todo
ser humano.
No dia de nossa estreia no mundo, ao nascer,
para saberem que
es-tamos vivos e que chegamos bem, precisamos verter
lágrimas.
Caímos em
prantos porque nos acordaram de maneira brusca do nosso sono
profundo, e
nos tiraram da tranquilidade que leváva-mos.
Em seguida, somos embalados por braços carinhosos e cheios de amor,
e de vez em quando escutamos alguém dizer: "Que
boniti-nho!", "Que gracinha!", "Fala dadá pro papai!", "Coisinha fofa da mamãe!"... ou
então fazem
cócegas nos pés, apertam as boche-chas, beijam o rosto... iih, é uma
festa!
Dessa forma, a vida vai passando, até que você pode andar e a ma-mãe
passeia com você de mãos dadas.
Descobre que os pés são os
primeiros sinais
de independência e a possibilidade maior de
desvendar o mundo... a vida.
Você pula o muro, corre e espanta os pombos da praça, dança, se
agita, chuta a bola e abraça o dia-a-dia.
Subitamente, você se vê parado numa encruzilhada, não sabe que direção seguir e se pergunta: "O que há com vocês pés?"
Não respondem e você percebe que a decisão é sua, você decide aonde quer ir, quais caminhos quer percorrer, que rumo
tomar em sua vida...
seus pés agora estão sob seu comando.
O que foi? Medo? Indecisão? Insegurança? Você se interroga: "Onde
era aquele lugar que eu dormia?", "Onde estão aqueles braços cari-nhosos?",
"Minha mãe não caminha de mãos dadas comigo?", "Algu-ma coisa mudou?"
Você ouve a resposta em seu íntimo e a compreende.
Você se tornou adulto e tem um caminho a prosseguir...