Esta Crônica recebeu a seguinte Premiação:
01 – Concurso
"Internacionalizando o Novo Escritor" – 5.º Lugar – Categoria Crônica – Vespasiano/MG – Maio/2007
Obs. Sou tímida, falo pouco e por isto muitas
vezes as pessoas não
conseguem entender quem eu sou, ou me julgam de outra manei-ra.
Assim,
digo que gostaria de escrever uma poesia que fosse o espelho
de mim mesma, no qual todos pudessem ver meu interior refletido nele e
desta forma
poderiam conhecer a verdadeira pes-soa que eu sou, pois por causa da timidez não é possível.
Meu ideal seria escrever uma poesia que soasse como uma
suave canção e delineasse meus sentimentos mais íntimos, dando
forma quase sólida a
minha alma.
Teria frases transparentes e em um rápido olhar, o leitor percebe-ria
o
que sinto e se comoveria com o lirismo vindo de mim.
Suas imagens seriam vivas, de tal maneira intensa que
seria possí-vel
presenciar o sentimento que aquece o espírito da existência.
Meu desejo seria criar um soneto que fosse uma passagem
no tem-po, entre linhas e letras, que fosse o espelho de meu
coração, mostrando a todos, sem mistério e sem medo, o modo doce e ro-mântico que ele bate pela
vida. Seria uma expressão tão pura co-mo as águas límpidas de um lago
que refletem espontaneamente o que há em sua profundidade.
Então, quando os versos estivessem prontos, meio
incerta, se fui eu
quem os escreveu, ou se saíram de mim e pousaram
no papel, enviaria uma cópia a todos que me conhecessem, para que
enten-dessem a emoção de compreender claramente o pensamento femi-nino, o espetáculo de
tocar uma alma com os olhos e ter a certeza que se é tão
humano, e no fundo, tão parecido, com a pessoa que a magia das pequenas e simples palavras
souberam descrever...