O livro "Fernão Capelo Gaivota" de Richard Bach, narra
a história de uma gaivota que abandona seu bando e sai pelo mundo porque
ansiava conhecer a liberdade, cuja existência era desconhecida em seu
íntimo. Mas, após passar por várias situações, ela volta para eles, ao perceber
que ser livre é quando se pode ser a própria pessoa e todos precisam
viver sobre certas regras (leis da socieda-de),
e liberdade em excesso se transforma em libertinagem.
Em minha adolescência, assisti a um filme, cujo personagem
prin-cipal
era um cavalo árabe negro que era muito
maltratado, porém, um dia, ele conseguiu se soltar e escapar, e aquela imagem daque-le animal correndo feliz
com suas crinas balançando ao vento e seu pelo brilhando debaixo
do sol, eu
nunca mais esqueci... eu queria fazer o mesmo que ele. Simbolizava para
mim
um estado de felici-dade onde era isento de restrição extrema
ou coação física ou mo-ral... poder exercer livremente sua vontade de
viver a vida, tiran-do
de si tudo que lhe prende os movimentos e lhe impede
de tor-nar seus sonhos
em realidade.
Contudo, talvez o cavalo no fim, tenha voltado para casa
como fez a
gaivota, ao descobrir que liberdade é outra coisa, e que
fu-gir dos problemas não resolve nada. Entretanto, valeu a pena a
ex-periência de ir em busca da liberdade, porque encontrou o seu ver-dadeiro significado
e pôde ver a vida de
outra maneira.