Observando o voo de uma gaivota eu pensava, como
seria bom se eu também pudesse alçar voo desse jeito!
Fazer como você minha gaivota, aproveitar
as correntes térmicas, planar nessa altura sem tempo certo p'ra regressar.
Só que o ser humano, não foi idealizado para voar, ele
está fadado a permanecer no chão.
Resta somente sonhar, dar asas à minha imaginação.
Ou quando essa vontade apertar, tentar amenizar com o
que for possível fazer.
Equipar-me com um parapente e do alto do morro decolar, sobre-voar,
campos, serras, praia, cidade.
Dividir espaço com urubus, sentir a brisa que passa, na
sinfonia que o vento traz, ao roçar as velas insufladas.
Momento único, homem, o elemento vital
plana e o sentimento de liberdade!
Ah Ícaro! Se vivesse aqui no meu tempo,
não teria derretido suas asas...
Mesmo assim, seu sonho valeu!