Fragilidade

Recebi em 11/03/2021


O ser acha-se forte!

No entanto um microscópico, vírus, penetra em seu organismo, em pouco tempo de incubação, já estamos derrubados, febril, pois o organismo está reagindo, na tentativa de combatê-lo.

Muitas vezes obtemos êxito, outras, temos que recorrer aos pode-rosos, antibióticos, que nos auxiliam na batalha, em consequência tornamos o vírus, ainda, mais resistente.

O que somos, nós, diante do sofrimento?

Quase, nada, sabemos que o limite de resistência à dor, pode ser, fraca ou intensa, variando, de pessoa para pessoa.

Contudo a ciência nos proporciona, analgésicos, que podem aliviar as crises.

Porém é diante das intempéries que a natureza demonstra quem é quem.

Quando um maremoto chega, inundando, tudo ou, a passagem de um furacão deixa, cidades fragmentadas, o ser humano, impoten-te, diante da destruição pergunta-se o que eu faço agora, se, nada mais restou!

O mesmo acontece, diante do desenlace das pessoas que amamos, sentimos, o mundo ruir, como se a terra abrisse, fendas, sob nossos pés, a mente em torvelinho questiona-se, meu Deus por que o le-vaste?

Ao meu, parco, entendimento, quando aqui desembarcamos, traze-mos escondido, num cantinho qualquer da bagagem de nossa exis-tência, o passaporte de regresso, já, constando, o ano, mês, dia e hora com carimbo bem, legível.

“Não existe, troca, é intransferível”

Assim como não somos, donos, de nossos destinos!

Existe sim um livre, arbítrio, todos nós sabemos o que é certo ou errado, creio, que, a porcentagem de escolha se assim podemos dizer é, insignificante, àquilo a nós designado.

Em alguma era da vida, planetária, recebemos a individualização, por isso raciocinamos, deixamos de pertencer às almas, grupos, co-mo são os animais.

Contudo, também, não somos senhores de nós mesmos.

Existe uma grande diferença em... querer e poder...

E assim continuamos nossa jornada, agrilhoados, em nossa fragili-dade.

Nadir A. D'Onofrio
Serra Negra - 22/07/2009 - 16:00hs


 

 
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