Ao comentar com amigos que não conseguia entender o
com-portamento de algumas pessoas, os mesmos explicaram-me que
em sua religião eles acreditam em vários graus de evolução
espiritual. A partir desse momento, passei a acreditar nas
explicações dadas por eles.
Só mesmo crendo nelas é que posso compreender a falta de
interesse de algumas pessoas em não proporcionar ao portador de
deficiência toda a estrutura necessária para que ele se torne
inde-pendente; a frieza de outras que usam a doença e
a deficiência dos seus semelhantes para enriquecerem; a
necessidade que têm os portadores de deficiência e seus
familiares de irem à luta todos os dias, num processo
desgastante e cansativo, para conseguirem os seus direitos,
direitos esses, que já lhes são garantidos por lei; o descaso
pessoas que não entendem que, perante Deus e a socie-dade, todos
somos (ou deveríamos ser) iguais.
Essas
mesmas pessoas não compreendem que, de um momento para o
outro, podem se tornar portadores de deficiência,
experi-mentando, na própria carne, as agruras pela qual passa um
defici-ente ao sentir necessidade de ir ao banheiro e não poder,
por não encontrar um adaptado; de ir a um restaurante e ter de
pedir ao garçom que lhe diga o que há para comer e de não
poder desfrutar a leitura de um livro que adoraria ler, porque o
menu e o livro não estão escritos em braile; de tentar se
comunicar com alguém e não encontrar alguém que entenda os seus
gestos, ou seja que fale a linguagem Libras.
Todos nós
temos o direito de transitar livremente por todos os lugares,
passear ruas, ir ao teatro, cinema, restaurante, escolher um
cardápio, atravessar uma avenida com segurança.
Portanto, um usuário de cadeira de rodas o tem direito de se
locomover por todas as vias públicas sem correr o risco de ser
atropelado, para isso sendo necessário que sejam criadas pistas
exclusivas para cadeiras de rodas, tipo de ciclovia, que também
poderiam ser usadas por ciclistas que correm o mesmo perigo. Ele
também tem o direito de tomar seu ônibus e ir para onde
neces-sitar, sem precisar de ajuda de ninguém, mas para isso há
neces-sidade que todos os ônibus sejam adaptados, porque há
portadores de deficiência em todos os lugares.
Os Metrôs
teriam que ter rampa de acesso, elevadores ou ele-vador de
corrimão(1). Os trens devem ter
degraus se ajustem ao local de embarque.
O deficiente visual tem direito de caminhar pelas ruas, sem
"afundar" seus pés em buracos, cair em bocas de lobo abertas, ou
tropeçar em calçadas cheias de entulhos(2)
e mesas de barzinhos.
Os
semáforos devem ser sonoros, para que o deficiente visual possa
atravessar ruas sem riscos. Também tem o direito de
fazer-se acompanhar de cão-guia.
Livros,
revistas, avisos, menus também deve ser publicados em Braile. Os
jornais devem prioritariamente ter um caderno publica-do em
Braile com as principais noticias, para que o deficiente visu-al tenha
informações necessárias para ficar atualizado com as noti-cias
do Brasil e do mundo.
A linguagem de Libras(3) deve fazer
parte do currículo escolar. Ela deve começar a ser ensinada
desde o primeiro ano do primeiro grau.
Para as crianças será fácil o aprendizado. Os infantes a
apren-derão como se fosse uma brincadeira e, portanto não verão
ne-nhum obstáculo. Da mesma forma ensinarão aos seus vizinhos e
amiguinhos da redondeza. Posteriormente nas brincadeiras do
dia-a-dia, se comunicarão entre si com esses sinais, como se
fossem códigos "secretos".
Ao aprimorar o aprendizado no segundo grau, os adolescentes por
serem mais sensíveis se conscientizarão rapidamente da
neces-sidade da comunicação entre o deficiente auditivo e o dito
normal, e, assim, passarão a ensinar aos seus pais, parentes e
amigos.
Nas faculdades, se levado esse ensinamento a todos os alunos,
rapidamente a linguagem de Libras estará difundida em todo o
Brasil e, com certeza, num futuro bem próximo teremos muito mais
integração. Veremos surdos e ouvintes conversando animada-mente
numa coexistência perfeita.
De outro
lado, é pena que algumas pessoas cobrem por uma consulta valores
exorbitantes, apenas porque se tornaram especia-listas em alguma
doença ou deficiência.
Por acaso
os portadores de deficiência ou as pessoas com doença grave
têm o coração nos pés? A cabeça na barriga? Os olhos nos
joelhos? São sem sangue, sem coração ou movidos a al-go que não
seja comum ao ser humano dito normal?
Não!
Eles apenas
portam doenças, deficiências e, algumas vezes, as duas coisas ao
mesmo tempo.
Então por
que tudo que se relaciona ao tratamento deles é tão caro?
Por que são olhados por esses espíritos não evoluídos como se
fossem seres de um outro planeta?
Porque são usados como se fossem apenas caixinhas mágicas de
onde se tira dinheiro que nunca acaba.
Assim, dentro de um redemoinho de emoções, vejo as dificul-dades
e as injustiças que enfrenta um portador de deficiência.
Tenho fé em Deus e muita esperança que todos os que neces-sitem
de cuidados especiais tenham sobre si olhos de espíritos
evoluídos e assim tenham toda a atenção que precisarem, com amor
ao ser humano e não amor ao dinheiro. Tenham também todos seus
direitos, direitos que lhes são inerentes.
Todos nós temos o direito de transitar livremente por todos
os lugares, direito de transitar pelas ruas, ir ao teatro,
cinema, restaurante, escolher um cardápio, atravessar uma rua
com segu-rança etc.
Portanto, um usuário de cadeira de rodas tem direito de se
locomover por todas as vias públicas sem correr o risco de ser
atro-pelado, para isso é necessário que sejam criadas pistas
exclusivas para cadeiras de rodas, essas pitas seriam tipo de
ciclovia, que também poderiam usadas por ciclistas, que
correm o mesmo peri-go. Eles transitariam por elas em total
segurança.
O usuário de cadeira de rodas também tem o direito de tomar seu
ônibus e ir para onde necessitar, sem precisar de ajuda de
nin-guém, mas para isso há necessidade que todos os ônibus sejam
adaptados, porque há portadores de deficiência em todos os
luga-res.
Os Metrôs teriam que ter rampa de acesso, elevadores ou elevador
de corrimão(1). Os trens devem ter
degraus se ajustem ao local de embarque.
O deficiente visual tem direito de caminhar pelas ruas,
sem "afundar" seus pés em buracos, cair em bocas de lobo
abertas, ou tropeçar em calçadas cheias de entulhos. Os
semáforos devem ser sonoros, para que o deficiente visual possa
atravessar a rua em segurança.
Livros, revistas, avisos, menus também deve ser publicados
em braile.
Os jornais devem prioritariamente ter um caderno publicado em
Braile com as principais noticias, para que o deficiente visual
tenha informações necessárias para ficar atualizado com as
notici-as do Brasil e do mundo. E assim ficar atualizado.
O deficiente visual tem o direito de ser totalmente
indepen-dente, para isso ele precisa ter em suas mãos todas as
ferramentas necessárias.
A linguagem de Libra(3) deve fazer
parte do currículo escolar. Ela deve começarmos a ser ensinada
desde o primeiro ano do pri-meiro grau.
Para as crianças será fácil o aprendizado. Os infantes a
apren-derão como se fosse uma brincadeira e, portanto não verão
ne-nhum obstáculo. Da mesma forma ensinarão aos seus vizinhos e
amiguinhos da redondeza. Posteriormente nas brincadeiras do dia
a dia, se comunicaram entre si com esses sinais, como se fossem
códigos "secretos".
Ao aprimorá-la no segundo grau. Os adolescentes por serem mais
sensíveis se conscientizaram rapidamente da necessidade da
comunicação entre o deficiente auditivo e o dito normal, as-sim, passaram a
ensinar a seus pais, parentes e amigos.
Nas faculdades se levarmos esse ensinamento a todos os alunos
rapidamente a linguagem de Libras estará difundida em todo o
Brasil e com certeza num futuro bem próximo teremos muito mais
integração. Veremos surdos e ouvintes conversando animadamente
numa coexistência perfeita.
E é por tudo isso que batalho arduamente.
Tenho fé que um dia ainda vou ver esses meus sonhos realiza-dos.
Muriel E. T. N. Pokk
Texto registrado em cartório
Notas da autora:
(1) O elevador de corrimão é igual a um mini
elevador sem paredes, é preso
ao corrimão
(que deve ser alongado até o local onde não
há degraus).
Nele, o
usuário de cadeira de rodas prende sua cadeira com
cintos de se-
gurança e aperta um
botão. O elevador desliza tanto para andar inferior
quanto para o andar
superior.
(2) As calçadas não devem ser depósito de
entulhos, elas devem estar sempre
em bom
estado de conservação e todas as bocas de lobo devem e
estar
tampadas.
(3) Libras linguagem de sinais, usada por
portador de deficiência auditiva.
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