Estes desaparecem de nossas vidas como num passe de mágica. Não nos visitam, não nos telefonam mais, nem retornam as nossas ligações; param de nos mandar e-mails, não respondem mais aos nossos; no messenger ficam indefinidamente off-line, talvez por terem criado outro msn ou simplesmente por nos terem bloqueado. Se insistirmos em ligar para suas residências, eles não atende-rão ao telefone, pois sem dúvida adquiriram um identificador de chamada. Se por acaso alguém em sua casa atender ao telefo-ne, logo perguntará o nosso nome, repeti-lo-á em voz alta e, de-pois de uma breve pausa, ouviremos: "não está", "acabou de sair". Com o passar do tempo, a alegria e a felicidade voltam a vol-tam a bater em nossa porta, e por incrível que pareça nossos ami-gos desaparecidos também. A esses amigos, eu costumo chamar andorinhas... Eles vão e voltam conforme o tempo. Na época em que não os compreendia, eu ficava profundamen-te magoada com essa atitude deles. Mas amigos espiritualistas deram-me uma explicação que me satisfez. Explicaram-me que existem vários níveis espirituais, que pode-mos comparar os espíritos aos degraus de uma escada interminá-vel. Agora que compreendo meus amigos "andorinhas", suas atitu-des já não me magoam mais; sei que o fazem, não o fazem por maldade. Não posso pretender que alguém que esteja ao pé de uma montanha tenha a mesma visão daquele que se encontra em seu cume. Muriel E. T. N. Pokk
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