Uma das melhores terapias que existe para um esfriamento de cu-ca,
quando precisamos nos livrar do stress a que somos conduzidos em nosso dia a
dia normal, é sem duvida um passeio pelo campo.
Se tivermos oportunidade de passar alguns dias que seja durante o ano
em uma fazenda, por exemplo, ou mesmo em um pequeno sítio, onde possamos estar em contato com a vida campestre, po-dendo usufruir das maravilhas
que a Natureza nos oferece, teremos certamente uma oportunidade única para promover um gostoso reciclamento em nossa vida.
Imaginem as delícias de ouvir pela manhã, logo cedinho, ao invés do
barulhento despertador ou do rádio relógio despejando notícias de crimes e
corrupção em nossos ouvidos, escutar o distante mugir de uma vaca, ou o gostoso canto matinal de belo galo de cristas coloridas.
Sem dúvida, um gostoso
despertar...
Uma visita ao curral, para tomar aquele leite quentinho, direta-mente
da fábrica para o consumidor...
Verdadeira delícia...
Ainda podemos dar um
toquinho de cidade, colocando um pouqui-nho de conhaque nesse leite..
Para
quem não está acostumado, ainda pode dar um ligeiro desar-ranjo intestinal...
mas o prazer de bebê-lo, compensa uma eventu-al ida forçada ao sanitário...
No campo, até o cheiro ocasionado pela famosa
“bosta da vaca”,
tem algo como perfume natural...
Basta um pouco de boa vontade, e incorporação ao ambiente...
Depois do gostoso café matinal, com o tradicional pão caseiro, fei-to no
forno a lenha... já estou com água na boca, só lembrando... vamos a um gostoso passeio, visitando o chiqueiro dos porcos.
A visão daqueles leitõezinhos
de pele rosada, faz-nos repensar na vontade de deglutir um gostoso leitão a
pururuca...
Os bichinhos são tão graciosos, que tira a vontade de comê-los.
Para quem gosta demais do bichinho em sua segunda
etapa, desa-conselho a visita ao chiqueiro...
Depois de uma bela caminhada matinal, respirando aquele ar tão puro,
limpando nossos pulmões da poluição das cidades, aprovei-tando aquela visão
das campinas verdejantes, dos pastos cobertos de capim gordura, da beleza
dos milharais que se estendem a perder de vista, sentar à beira de um regato
rumorejante, deixar que nossos olhos se percam no movimento sinuoso de sua água
sempre a correr “chuá, chuá... chué, chué... parece que alguém, que
cheio de mágoa...”
Bem... o pensamento voa... recordações assaltam a memória... e a vontade que
dá, é pedir ao Amigão que pare o tempo... que
“pare o mundo que eu quero descer”...
Mais tarde, com a alma lavada e enxaguada, e a barriga já roncan-do,
vamos ao tradicional almoço... aquela comida feita em panela de barro e fogão a lenha... sai água de minha boca...
A nova visão do leitãozinho, faz esquecer as disposições matinais...
Isso sem falar naquela pinga vinda do alambique doméstico...
E depois, a visão daquela rede
balançando... esticar o corpo e ficar apenas apreciando aquele verde que se estende a perder de vis-ta... os olhos se
fechando, porque ninguém é de ferro...
Ao cair da tarde, caminhar até chegar àquele outeiro, para apreci-ar
melhor o maior, e mais lindo espetáculo da Terra... a maravilha que é um por
do sol no campo...
Não dá para descrever...
Só vendo mesmo...
Lá, com o coração não cabendo dentro do peito, ver o breve e romântico encontro do sol
com a lua... que vai tomando o lugar do seu amado sol... as estrelas que vão
surgindo...
É uma emoção difícil de ser controlada...
E é com olhos molhados
pelas lágrimas teimosas que insistem em descer, que voltamos para a fazenda,
para o famoso lanche da noi-te... e dormir ainda não totalmente refeitos das
emoções vividas, e que serão repetidas no dia seguinte...
E que irão se iniciar
com o indescritível espetáculo que nos dá o sol, quando reassume sua posição no firmamento.
Claro que também existe a chuva... mas fica para outra vez...
Hoje,
seja no campo ou onde for, espero que todos tenhamos UM LINDO DIA.