Desde que o mundo é mundo, as coisas virtuais exerceram forte in-fluência sobre a realidade da vida.
Antigamente não se falava em influências virtuais.
Eram
as chamadas fantasias que sempre povoaram a mente huma-na, e que hoje continuam povoando.
Nosso cérebro tem uma capacidade muito maior para criar, para imaginar, do que para aceitar fatos consumados.
Às fantasias de uns quantos “loucos irresponsáveis”
devemos uma série incalculável de invenções, sempre obra da inventividade (por que
não dizer virtualidade?) de cérebros muito imaginativos.
Por exemplo, na época, alguém poderia acreditar que aquela coisa
fosse se despregar do solo?
Apenas a fantasia de Santos Dumont
“via” a
coisa acontecendo.
Apenas o conhecimento virtual de nosso Albertinho
lhe dizia cabal-mente que aquele geringonça voaria.
Ele, e apenas ele tinham essa convicção.
E o resultado todos conhecem...
A coisa voou, e deu volta à torre Eiffel, deixando
todos estarreci-dos.
A virtualidade influenciando a realidade.
Claro que mais cedo ou mais
tarde alguém iria chegar à mesma conclusão, pois a imaginação existe na mente de todos nós.
Apenas alguns a aceitam com mais
facilidade e assimilam suas li-ções melhor e mais rapidamente do que outros.
Até pouco tempo atrás,
se alguém falasse que seria possível uma comunicação em poucos segundos com qualquer parte do mundo, seria imediatamente rotulado de “louco”,
como Santos Dumont, e tantos outros que seguiram seus conhecimentos virtuais, possibili-tando ao mundo tantos
inventos.
Seria exaustivo e inútil citar a todos, já que hoje, graças aos sites de busca,
pode-se saber quem inventou o que em pouquíssimos se-gundos.
E isso, demandaria exaustivas buscas antigamente.
Graças a essa
incrível facilidade de comunicação, podemos manter comunicação com pessoas do mundo inteiro.
Algo assim, antes deste louco mundo virtual, era absolutamente impossível, devido aos altos custos e à
demora para manter-se esse contato.
Para ter-se uma ideia, há pouco mais de 25 anos, uma ligação tele-fônica
entre Santos e São Paulo tinha uma demora de algumas ho-ras para ser completada.
E se a distância fosse maior... nem pensar...
Atualmente, contudo, leva-se segundos para se conversar com pes-soas
do mundo inteiro, possibilitando o surgimento de boas amiza-des, e até de romances.
Pela facilidade de comunicação, facilmente se descobrem
afinida-des que talvez nem mesmo com o conhecimento físico seriam des-cobertas.
Pessoas tímidas que não teriam coragem de declarar amor a al-guém
à sua frente, conseguem fazê-lo.
Já houve conhecimentos virtuais que passaram para a realidade com amplo sucesso.
E também aconteceu o contrário.
Mais uma vez a virtualidade, ou o imaginativo influenciando a rea-lidade.
Essa comunicabilidade toda está mudando o mundo.
Pessoas solitárias
encontram lenitivo para sua solidão através de conhecimentos virtuais.
Pessoas doentes, conseguem encontrar cura para seus males, atra-vés da rede
virtual de boa vontade.
Também existe o reverso da medalha.
Essa virtualidade possibilita a
muitos doidos cometerem uma série de loucuras, muitas vezes prejudicando muitas pessoas.
Bem como pode facilitar a mobilização rápida de milhões de pesso-as para
tentar fazer algo em prol da Paz Mundial.
Se “alguém” resolver raciocinar
e recuar... podem ter certeza de que mais uma vez a “virtualidade influenciou a realidade”.
E esta, gente, seria a principal vitória que se poderia
conseguir.
Outra prova de como a virtualidade influencia a realidade, é que
posso neste mesmo instante, estar desejando UM
LINDO DIA, às minhas crianças, espalhadas pelo menos, em três continentes...